Em Ermesinde reside alguém que, apesar do seu aspecto humano, não tem naturalidade portuguesa ou sequer terrestre, mas que curiosamente aterrou por cá, gostou do que viu e foi ficando… até se cruzar com algumas dores de cabeça que o foram atormentando. Pegou nelas e fez questão de as desabafar em 10 (bom, 11, na verdade, mas depois descobrem) contos em que convida alguns amigos e até familiares para este seu projecto intitulado leonardo. Parece uma narrativa perfeita para um blockbuster de sci–fi do século passado, mas desenganem-se: a inspiração até pode partir em parte de lá, conforme nos contou Edgar Correia, ou MONA LINDA, novo alter-ego que assume neste seu novo longa-duração, mas também explora uma paixão antiga, a do trip hop. Aliás, este acaba por ser um disco recheado de camadas e paixões antigas, todas maioritariamente dos seus tempos de infância/adolescência, uma verdadeira viagem ao passado deste artista, mais conhecido como Logos, metade dos Conjunto Corona. O Rimas e Batidas debruçou-se sobre este novo trabalho com o seu próprio autor, que nos convidou para entrar neste universo alienígena que conceptualizou numa fase delicada da sua vida.
A saúde mental é um tópico crucial neste projecto, não só narrativamente mas também a nível de merchadising. 15% das receitas revertem para a Associação ENCONTRAR+SE, IPSS sem fins lucrativos que promove a saúde mental e a desmistificação dos seus estigmas.
Exactamente. No fundo é uma associação que para além de dar algum apoio, também se foca – e acho que é o mais importante – em se anteciparem, sensibilizar as pessoas para esses primeiros sinais que algo pode não andar bem com a tua mona, não é? [risos] E, claro, também tentam quebrar tabus — cada vez menos, mas continua a ser um assunto complicado em alguns contextos: laborais, familiares, etc; mas creio que se está a partir muita pedra neste assunto, e há coisas a melhorar. Sendo-te muito honesto, no ano passado estive quase quatro meses de baixa profissional. Não foi um burnout mas foi muito próximo disso, e este álbum foi feito durante esse estado. Até foi dificil regressar a ele para ensaios e assim porque me remete a uma fase mais dura. Sou alguém que já era preocupado com estes assuntos antes, e agora ainda mais, já que o senti na pele. A única coisa que eu acho que tenho de jeito é a minha cabeça, e quando ela não está em condições, não somos nós… e, pronto, também acaba por bater certo com o nome MONA LINDA, que é uma alcunha mais usada no seio familiar, umas das muitas [risos]. Contando que era um álbum que toca nestes pontos, pareceu-me o nome ideal para tal, assentou bem.
É um nome interessante e engraçado… há alguma história que gostasses de contar de como surgiu, algo engraçado?
Sou praticamente careca há muitos anos, então o pessoal aqui de casa dizem que tenho uma cabeça muito redondinha, muito direitinha e, pronto, começaram a usar o nome [risos].
E o título do álbum: porquê leonardo?
É um trocadilho com Leonardo Da Vinci, que para mim é uma personagem que marca uma época muito interessante da nossa sociedade. Foi uma fase em que se incentivou as pessoas a estudar, tinhas a questão do homem universal, que tinha o espaço para estudar um pouco de tudo, e hoje em dia é o contrário, cada vez mais estamos especializados quase à migalha, embora acredite que a tendência seja mudar. Esta é a apresentação da personagem ao mundo, onde apresenta um pouco quais são as perspectivas e visões dele. Portanto peguei mais no leonardo nesse sentido de criação e apresentação do personagem.
Foram três ou quatro meses de concepção deste personagem e também foi um tempo importante para ti a nível de produção, já que tiveste mais tempo para focar nisso…
Basicamente, em 2020 houve o primeiro confinamento e o sector da minha outra actividade profissional foi muito afectado pela pandemia/confinamentos, efetivamente tive algum tempo em casa a trabalhar remotamente, ou a nem sequer trabalhar, porque tínhamos lojas fechadas, etc. Foi nesse período que voltei a produzir, já não o fazia à vontade há uns 10 anitos, desde que comecei a trabalhar com o Raez em 2008/2009 num projecto nosso — e foi aí que comecei a perceber que havia já mega produtores, depois disso comecei a trabalhar com o Minus & MRDolly, dB, enfim… nisso tenho muita sorte, são só grandes produtores. E, portanto, acabei por me afastar também por falta de tempo e deu para me dedicar aquilo que me dá mais prazer, que é a escrita, e abordá-la em cima de um instrumental. Mas regressando aos dias de hoje, peguei no software que ainda tinha, os dias andavam mais tranquilos e comecei logo a produzir e foi aí que estranhamente senti que estava a produzir muito, muito mais do que fazia há uns anos… fui ouvindo, vendo outros a trabalhar, fui assimilando – não de forma consciente — técnicas de produção também, é um processo contínuo. Até saiu primeiro o Bioudabalex, com o Kron Silva, e esse também foi todo produzido por mim, foi — digamos – o primeiro pack em que achei que estavam fixes e bons para ver a luz do dia. Logo a seguir comecei a explorar a tal questão do trip-hop, foi o primeiro grande estilo que me fez apaixonar e querer comprar álbuns e fazer mesmo aquilo a nível sónico. Não quero precisar a 100%, mas em 1997/1998 tive acesso ao trabalho Mezzanine dos Massive Attack e o Angels With Dirty Faces do Tricky… e aquilo bateu-me de uma maneira, nunca tinha ouvido nada do género! Curiosamente, acabei assim por chegar primeiro ao rap por meio do trip-hop. E, então, eu queria explorar essa abordagem até porque tem sempre ali uma base de sampling, tem os drum loops, porque o trip-hop acaba por ser uma reinterpretação mais europeia do rap, digamos, e eu queria preservar essa estética, mantendo essas bases mas com mais experimentalismo, fugindo um bocado a estruturas mais habituais. Quando eu percebi que tinha ali um pack de alguns instrumentais, senti que havia alguma coisa, sendo que eles ficaram ali meio feitos, as camadas ainda não estavam todas lá. E só no ano passado com esse tempo que tive é que decidi avançar, surgiu-me aquilo que eu pretendia. Estava numa fase bastante alienada, e sinto que é algo que vai acontecendo no geral cada vez mais, esta alienação para o que realmente interessa, então fez-me sentido esta ideia do alien, nem quero chamar bem alien porque nos remete sempre para um ser diferente, de olhos grandes e tal [risos]. Mas não, estamos a falar de alguém com o nosso aspecto, de outra galáxia, veio cá, gostou do clima, da terra, dos costumes e ficou cá, já há alguns anos, no meio de nós, curiosamente em Ermesinde. O MONA LINDA nas suas músicas acaba por estar apenas a observar e não a julgar, não dá grandes opiniões, não é esse o intuito do personagem, pelo menos neste trabalho, não é impor o seu ego aos outros e ordenar o que os outros devem fazer. Eu enquanto pessoa também não me revejo nesse tipo de posição para com os outros. Mas, no fundo, o MONA LINDA neste trabalho partilha 10 histórias, ou aliás, 11 se incluirmos a faixa escondida no fim do álbum, mesmo à anos 90, e que são, digamos, observações de quem está aqui no dia-a-dia, de quem não tem dinheiro para pagar uma factura, ou ver o país num estado mau e a desperdiçar quilos de comida todos os anos, ele só está a observar… dá para pensar, espero eu.
Agregado a isso também há a questão da música de intervenção lançada durante o Estado Novo que é uma inspiração grande para este conceito.
Eu acho que isso é uma arte fantástica, acabam por ser tempos ditatoriais que grande parte dos consumidores deste álbum não viveram, em que não entra muita informação cultural de fora e a que é feita cá é excessivamente controlada, portanto tem que ter uma ciência ali muito bem desenhada. Eu admiro todos os cantores dessa fase, dos mais aos menos conhecidos, mas que conseguiram numa fase tão complicada da nossa sociedade enquanto Portugal trazer alguma música, alguma alegria e motivos para sorrir, abordando temas que era do género “nós também estamos a ver o que vocês estão a ver”. É uma reinterpretação à minha maneira desse estilo de música e é uma homenagem que já queria ter feito há uns anos, e fez-me sentido agora neste álbum.
Não gostas de nomear este álbum como música de intervenção, certo?
Não acho que o seja, não dessa forma tão directa, ou até muitas vezes e infelizmente, e é aí que temos de ser inteligentes a passar uma mensagem, não deixa de ser maçador ou paternalista; ou usas esse tipo de intervenção para converteres alguém em teu seguidor, para ganhares algo com isso… não sei até que ponto isso é genuíno. Por outro lado, também há um cansaço das pessoas – eu incluído – desses discursos paternalistas, de “vai por aqui, não vás por ali, isto está tudo mal”, ou seja, quando falamos de temas muito amplos, a mensagem acaba por ser oca, não é? Se eu for falar do problema da fome, quer dizer, eu não percebo nada disso, porque é que eu vou falar sobre a fome quando é um tema tão grande e atinge milhões? O que eu posso falar é que realmente chego ao fim do mês e se calhar é um aperto do carago e eu sinto isso. E isso talvez remeta para outros assuntos, e se não remeter, pronto, também é uma temática bem presente e actual na realidade de uma boa parte dos portugueses. Certamente haveria outros temas que podia ter explorado no álbum, mas estes foram os que me fizeram sentido.
E, de forma sucinta, quem são as tuas grandes referências na música de intervenção?
Zeca Afonso, claro, José Mário Branco e Sérgio Godinho. Isto também muito fruto do que eu ouvia em criança, especialmente o Sérgio Godinho, inclusive o meu pai escreve uma das letras deste álbum, o “os buracos ’21” é uma letra escrita… desculpa, não te quero enganar e não estar aqui a falhar, mas penso que é de 1969. Portanto, ele tinha um duo guitarra/voz, ambos a tocar e a cantar e tinham algumas músicas populares, não se consideravam de intervenção. Ele tinha isto em arquivo, essa letra do “os buracos ’21” são três quadras e na altura eu já tinha o álbum todo pronto, só faltava uma ideia para uma letra e um instrumental. Fui visitá-lo, e já não me lembro bem o motivo, mas o meu pai costuma preservar algumas coisas e tinha lá uma capa com alguns recortes de jornal, e lá pelo meio tinha algumas letras deste tal duo e eu li a do “os buracos ’21”, e fez o clique, era mesmo o que precisava para fechar o disco. Ou seja, vou remeter completamente para aquela fase dos cantores de intervenção que eu refiro, e com uma letra da época completamente relevante. Nunca tinha passado à parte de interpretar a letra de outra pessoa, é totalmente dele, nunca tinha feito isso, interpretei sempre as minhas letras e nem sei como era o original desta, mas o criador aprovou este resultado final [risos]. Acaba por ser um tema bastante especial por conter esta tal letra do meu pai.
Ah, então o teu pai é o Zé Rui M.C, certo? Fiquei a interrogar-me quem seria este rapper… [risos]
Sim, sim, é ele mesmo! Zé Rui Moreira Correia, o MC aqui até calha bem [risos].
Que pérola! Há mais algumas espalhadas pelo álbum que gostasses de referir? Salta-me logo à vista um feature do Presto, um MC icónico, dos Mind Da Gap…
Era alguém que já queríamos convidar desde o primeiro disco de Conjunto Corona [2014], é alguém que aprecio muito, a abordagem dele, palavras inesperadas, tanto eu como o dB adoramos. Só o conheci agora, nunca nos tínhamos cruzado, e a pessoa que eu esperava foi a que ele foi, mega descontraído, super bem-educado, e agora ficamos amigos para a vida, espero eu. Como sabes, ele não tem colaborações, toda a gente que ouviu isto me tem enviado mensagens do género “como é que sacaste esta participação?!” porque ele não entra com ninguém, mas ele já conhecia Corona também. Normalmente eu escolho mediante o tema e também o instrumental que me remeta à pessoa e nunca tinha acontecido ainda, mas ouvi este [da faixa “altamente produtivo”] e a vibe até me puxava assim para A Tribe Called Quest, mas tem uma parte mais de boom-bap clássico. Enviei-lhe e convidei-o, mandei o draft do trabalho todo e foi tão simples quanto isto, ele gostou e entrou… e, para mim, partiu tudo! Para quem não tem feito muita coisa ultimamente, está numa grande forma, e aproveito também para dizer que vai regressar aos palcos comigo para os concertos de apresentação do meu álbum, pelo menos no Porto e em Braga que é mais perto da zona dele.
E nesta linha de participações, mais algum dado curioso?
Sim, há aqui uma personagem/artista que é a Tricla, foi a primeira gravação oficial dela também [na faixa “sempre chato”]. Ela é de Braga, não trabalha apenas só na música, tem também outras áreas, é polivalente. Havia aqui uma proximidade e sabia que ela tinha vontade de se introduzir um pouco na parte da música porque está também a trabalhar num projecto dela. Fez-me sentido aqui por causa do instrumental, ela expressa-se sempre de forma enérgica, muito expressiva, mas sempre carregada de ironia. Para mim foi muito fixe trabalhar com uma artista nova, é algo que gosto bastante, e neste caso até foi é primeira gravação dela. Tenho que também de referir o zé menos! Portanto, mostrei o álbum ao meu irmão, o Rui Correia da Biruta Records, ele adorou e mostrou-se interessado em editar. Precisava de um sítio para gravar e eu já estava muito inclinado a trabalhar com o zé, e sabia que ele me iria ajudar a encontrar a estética, e ele foi maravilhoso nisso, viveu o projecto como se fosse dele, adorou-o desde o primeiro dia, envolveu-se nisto como se fosse mesmo dele. Ajudou-me depois até a co-produzir, gravou, misturou, masterizou e vai-me acompanhar ao vivo! E, portanto, claro que tenho de referir o zé menos, é um artista maravilhoso que temos aqui em Portugal e acho que ainda vai ser descoberto por públicos maiores, é um verdadeiro “faz-tudo” e tem um nível de escrita fantástico. Já o conheço há muitos anos, nunca tinha surgido a possibilidade de trabalharmos juntos e agora foi a oportunidade, é um trabalho a solo mas, mais uma vez, não deixa de ser um trabalho de equipa. Eu também gosto de trabalhar dessa forma, nessa união de ideias e experiências, o interessante é conviver com os outros.
Por falar nestes detalhes curiosos, a edição física deste trabalho também é interessante. Fala-me disto!
Toda esta história da pessoa do espaço deriva de uma grande paixão que eu tenho desde criança, que é o espaço, filmes de sci–fi, eu cresci nos anos 80/90, portanto filmes de sci–fi e previsões do fim do mundo era o que mais havia [risos]. Ainda hoje continuo a ser um grande consumidor desse universo, até de anime e assim, é algo que ganho tempo a ver. E há um filme do John Carpenter, de 1980, chamado They Live, em que basicamente o protagonista é o Roddy Piper, falecido lutador de pro-wrestling, um ícone da WWF/WWE, ele teve uma incursão por Hollywood durante a sua carreira, e neste filme trouxe a pancadaria, é um filme desses [risos]. Mas o conceito consiste nele ter encontrado uns óculos de sol no meio do lixo e, quando ele os coloca, consegue perceber que, para já, vê tudo a preto e branco e, depois, consegue perceber quem no meio das pessoas não são pessoas, são pessoas do espaço, que estão aqui a consumir os bens naturais e humanos. Aquilo é uma metáfora ao capitalismo, é o sugar de todos os bens e, quando sugaste tudo, partes para outro planeta. E para além dele ver os tais extraterrestres quando coloca os óculos, que sem eles são iguais a nós, mas depois são tipo umas caveiras, ele também descobre que afinal o mundo não é a cores, a questão da cor foi mesmo para nos partir a meio enquanto sociedade e acharmos que temos cores diferentes. E também sempre que passava por aqueles quiosques de rua e olhava para as capas dos jornais, tinha mensagens do governo, aquilo é um governo gigante e comanda a população, e as mensagens eram – a Obey, a marca, deriva daqui, está aqui tudo, o logótipo e tudo.
Que, curiosamente, o logótipo é a cara de um outro lendário pro-wrestler, o André The Giant…
Ya, ya. E a mensagem do filme é essa, o gajo começa a desfolhar os jornais em choque com o que está a ver e as folhas são brancas só com uma frase a dizer “Vai Dormir”, “Não Questiones”, “Trabalha e respeita o teu patrão”, coisas assim, portanto fez muito sentido com o conceito do álbum. O CD traz uns óculos 3D daqueles antigos, os anáglifos, com uma lente azul e outra vermelha, o clássico mesmo, e um booklet à antiga com muitas páginas, tem as letras, fotografias minhas e pessoais, em sítios que não percebes bem e estão todas em 3D, pedi à designer do disco, a Mariana Pratas, e, pronto, assim permite que quem compre o disco veja em 3D estas fotos e ver a realidade como ela é, por assim dizer. Para além disso, traz também um sticker de oferta com o logótipo de MONA LINDA, é sempre porreiro. Quis voltar a fazer um booklet com as minhas letras todas, tudo direitinho, é o meu formato físico favorito, gosto muito.
Este álbum levou-me até ao Taxi Driver do Martin Scorsese, pela questão da personagem principal estar ali meio alienada e fora da sua mente, sofre de alguns problemas mentais e o filme debate-se sobre alguns temas banais e, neste caso, também focado numa cidade, Nova Iorque neste caso.
Nunca tinha pensado nisso, é uma comparação interessante, mas eu diria que não, apenas porque o personagem real de MONA LINDA não sofre de problemas mentais, e no Taxi Driver ele tem actos violentos para com os outros, e aqui a mensagem é o oposto – esta divisão, esta alienação das pessoas, cada vez mais nos vai afastando uns dos outros e isto só interessa ao poder superior, isto sempre foi o problema. Mantemo-nos alienados e na ignorância, e isso sempre foi a maior arma de quem manda nisto tudo, é um problema de séculos e acho que só quando nós enquanto humanidade e sociedade percebermos isto podemos dar uma volta grande ao sistema imposto. Eu gosto da cor azul, tu da cor vermelha, vamos andar à pancada? Não, meu. Todos nós colocamos o nosso ego à frente em detrimento de um bem maior muitas vezes, e acho que a mensagem é um pouco isto, independentemente do que estamos a sofrer e a passar devemos tentar aqui um bem maior. E conseguimos, com o 25 de Abril, há algo mais importante que a minha dor e o meu ego e depois, sim, podemos debater temas específicos. Mas primeiro temos que nos voltar a encontrar mais enquanto pessoas e recuperar a empatia que cada vez parece menor nos dias que correm. E acho que os confinamentos ainda só pioraram a situação.
Relativamente à apresentação, já há datas?
Sim, conseguimos fechar três datas, mais para o fim do ano. A primeira é no Porto, dia 18 de Novembro, no Plano B, vou-me fazer acompanhar do Stray, ele também lançou um disco no final do ano passado que acho que casa muito bem com o meu, e, portanto, ele faz a primeira parte e eu a segunda, nunca tínhamos feitos nada em conjunto e aqui surgiu a oportunidade de um concerto em conjunto. Depois a 30 de Novembro, temos a segunda data, em Braga, no Lustre, e aí faço-me acompanhar de um convidado para DJ set, o Tugalife, fundador da label 1980, em que lancei o meu projecto com o Kron Silva, o Bioudabalex. A última é em Lisboa, a 2 de Dezembro, na Galeria Zé dos Bois, e aí a primeira parte fica a cargo do Wugori, é um projecto que apareceu nos últimos anos, eu também tenho acompanhado tudo o que tem saído daquela crew, alguns são da minha zona e tudo, gosto genuinamente do trabalho que ele está a desenvolver e achei por bem convidá-lo.