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[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTOS] Sara Coelho
O início do concerto acontece com Dwarf, Diogo Sousa e… uma fadista. Parece estranho, certo? Nem por isso, se fores o Mike El Nite. O Justiceiro junta-se à tríade pouco depois e entra com auto-tune para se intrometer entre a electrónica e a guitarra portuguesa que ouvimos o DJ a disparar. Depois de Slow J e Beatbombers “recorrerem” ao instrumento nos seus discos, será que estamos perante uma nova tendência para 2017?
A nova música é um caminho diferente para Miguel Caixeiro, “DJ on the fucking mic” que juntou desta forma fado, electrónica e auto-tune para criar um “monstro” completamente novo. Ficamos à espera da versão oficial.
“F.E.N.A.” e “F.E.N.A. II” são os temas que se seguem, faixas que ganham aquele extra com o baterista a reforçar a potência da batida. Um upgrade em relação a quase todos os projectos do universo do rap português.
O segundo convidado chega directamente da Zona T: ProfJam, nome habitual nos concertos de Mike. “Água Fria” é uma das faixas mais subestimadas dos últimos tempos, uma ode regada a auto-tune que, mais uma vez, é uma linha paralela no hip hop nacional. Antes de sair do palco, “Mambo nº1” para mandar a casa abaixo. Um clássico moderno, não custa nada dizê-lo várias vezes.
Segue-se, “Santa Maria”, o momento alto da festa. Portugueses, estrangeiros, tudo a dançar. Ninguém resiste ao sample de Santamaria, banda que só poderia ser recuperada por 2 cientistas loucos como Mike El Nite e Dwarf.
A tríade “Monkey”, “2P” e “Oliude” são a ponte para a entrada do sacana nervoso. Sim, Nerve actuou no NOS Alive e “Funeral” é pesado que baste para anular metade do rock que passou pelo palco principal. As novas estrelas rock passam pelo Clubbing, leram aqui primeiro.
“Hoje não há bandas para fazer moche, por isso bora lá fazer isto”, atira Mike El Nite. T.U.G.A. para o final feliz junto aos que estavam na linha da frente a entoar as letras d’O Justiceiro que merece mais. Mas tudo a seu tempo.
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