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A saxofonista e artista de spoken word regressa aos registos longa-duração com o selo de qualidade Constellation. O quarto capítulo da série Coin Coin intitula-se Memphis e sucede a River Run Thee.
18 de Outubro, a data de lançamento, não tarda mas as notícias deixam-na, ainda assim, demasiado distante do dia de hoje. A mais recente notícia a virar as atenções para o pós-silly season é o novo “episódio” da saga conceptual de Matana Roberts, do qual já se pode ouvir um soberbo primeiro avanço:
Coin Coin é o exercício reflexivo, etnográfico e historiográfico em que Matana Roberts tem vindo a trabalhar de há quase uma década para cá. Sob a sua égide, a saxofonista nascida e criada em Chicago, e radicada em Nova Iorque, aborda a história afro-americana percorrendo as suas várias expressões sonoras, desde o jazz e o blues à improvisação, incorporando elementos afro-futuristas, spoken word e composição avant garde.
Em suma, tudo coube nos primeiros três capítulos de Coin Coin (Gens de Couleur Libres, Mississipi Moonchile e River Run Thee), desde o jazz de expressão mais tradicional às dissonâncias inspiradas por Ornette Coleman, do spoken word ao canto lírico, e a julgar pelo novo avanço, as incursões pelas tensões entre folk e post-rock também ganham nova expressão no trabalho de Matana Roberts.
De sublinhar que o trabalho de Roberts não se pode, ou deve, circunscrever a Coin Coin — do qual ainda se espera um total de 12 capítulos. Matana Roberts foi membro activo da Association for the Advancement of Creative Musicians de Chicago; operava o trio Sticks & Stones, com Joshua Abrams (Natural Informatin Society) e Chad Taylor; colaborou com o colossal grupo de rock experimental Godspeed You! Black Emperor e com o projecto satélite dos canadianos Silver Mt. Zion; e, bem, sabe lá deus que mais coisas não terá feito, em nome próprio ou com o seu quarteto The Chicago Project, que não se consegue encontrar nas interwebs. O que se consegue encontrar, no entanto, é de uma preciosidade inquantificável.
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