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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 08/09/2021

Mudar nunca foi tão urgente.

Massive Attack apresentam propostas para reduzir a pegada ecológica no circuito da música ao vivo

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 08/09/2021

Os Massive Attack uniram esforços com o Tyndall Centre for Climate Change Research, da Universidade de Manchester, para elaborar o relatório Super-Low Carbon Live Music, que apresenta várias medidas com vista a reduzir as emissões de carbono no sector dos espectáculos de música ao vivo.

Chegou-nos no passado dia 29 de Julho uma das notícias mais tristes deste ano. Segundo um índice medido pela ONG norte-americana Global Footprint Network, que cruza a pegada ecológica da espécie humana com a capacidade de regeneração do planeta, foi esse o dia em que esgotámos o “orçamento biológico” da Terra para 2021 e passámos a viver a “crédito”. Na perspectiva dessa mesma entidade, é neste momento necessário o equivalente a quase o dobro dos recursos naturais ao nosso redor para satisfazer as necessidades do ser humano.

Quem não tem passado ao lado de questões como esta é o grupo de Bristol formado por Robert “3D” Del Naja, Adrian “Tricky” Thaws e Grant “Daddy G” Marshall. Em 2019, os Massive Attack contactaram Carly McLachlan, professora da Universidade de Manchester, para liderar um estudo que mapeasse as emissões de carbono consequentes da actividade da indústria dos concertos e festivais e reflectisse sobre as possíveis formas de contornar o assunto, empurrando assim todo o sector para uma zona bem mais “verde” no que toca ao consumo e preservação dos recursos que o nosso planeta dispõe e tendo em vista um objectivo muito concerto: não deixar que o aumento das temperaturas globais ultrapassem o valor actual de 1,5 graus celsius.

Na sequência da publicação do relatório, a banda juntou-se a Dale Vince e à sua empresa Ecotricity para delinear o plano para uma digressão em 2022, que trará consigo algumas medidas para reduzir consideravelmente a pegada ecológica deixada pela actividade do trio na estrada. Da parceria vão resultar um melhor aproveitamento das energias renováveis, a introdução de comida vegan nos recintos dos concertos ou o treino do staff dos eventos para que estes consigam gerir toda a operação de um modo mais sustentável.

No próximo mês de Novembro, vários líderes mundiais vão juntar-se na 26ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU para reacender o foco em torno do Acordo de Paris, um dos mais importantes tratados da história para combater o efeito de estufa. No que toca a propostas concretas, o estudo levado a cabo pelo Tyndall Centre não poupa nas ideias que podem (e devem) ser adoptadas dentro do circuito da música ao vivo: dar prioridade a veículos eléctricos e aos transportes públicos na hora da deslocação para o recinto do espectáculo, evitar que os artistas voem em aviões privados, recorrer a iluminação de baixo consumo, criar estacionamentos dedicados a bicicletas ou gerar energia limpa no próprio local através de painéis solares das várias medidas que podem encontrar em Super-Low Carbon Live Music.


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