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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 13/04/2022

Brasilidade e carisma para ficar.

Marina Sena: “Eu sempre recebi críticas, mesmo morando em cidade pequena. Hoje as críticas só aumentaram de proporção”

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 13/04/2022

Marina Sena é o momento — certamente já se viu a cantar “eu já deitei no seu sorriso, só você não sabe…” no dia a dia. A canção “Por Supuesto“, que teve uma ascensão meteórica, alcançou o primeiro lugar no Top 50 da playlist Viral Global do Spotify a certa altura.

Marina já participou em projectos incríveis como a Outra Banda da Lua e Rosa Neon e agora voa ainda mais alto na carreira solo. Em entrevista ao Rimas e Batidas, a cantora, que actuou em Lisboa, Porto e Coimbra na semana passada, diz que sempre quis uma carreira solo, apesar de estar a adorar as bandas em que estive e apenas seguiu o fluxo das coisas.

Natural da cidade de Taiobeiras, no norte de Minas Gerais, é difícil encontrar alguém que não tenha ouvido um som que seja da sua autoria nos últimos tempos. Fruto de uma fase rica e colorida da pop brasileira, Marina expressa as suas raízes nos ritmos, estéticas e detalhes escolhidos. Para ela é muito claro que é uma artista pop. “A brasilidade aparece em meu trabalho de forma natural, porque faz parte de quem eu sou e das minhas referências, de tudo que cresci ouvindo a vida toda”, afirma.

O seu primeiro álbum solo, De Primeira, apresenta uma pop com visão autoral e uma mistura de sons que percorrem indie, funk, samba, brega, reggae, entre outros. O disco é dançante e fácil de ouvir, mesmo para aqueles que não são grandes fãs da camada mais popular. Os arranjos trazem vários instrumentos que vão do cavaquinho aos sintetizadores. “Eu já tinha grande parte das canções prontas. O processo de produção foi mais o trabalho de escolher as melhores e mandar pra o Iuri Rio Branco produzir. Depois que a gente começou o álbum estava pronto em mais ou menos seis meses”, explica.



Não é difícil compreender porque ganhou três categorias de Prémios Multishow (Revelação do Ano, Experiência e Capa do Ano) e foi nomeada para duas categorias de prémios WME (Revelação e Música Alternativa). “Me Toca”, o primeiro single do projeto, foi lançado pela produtora A Quadrilha, do rapper Djonga, e já está a aproximar-se de três milhões de visualizações no YouTube. “Eu sempre soube no fundo que ia dar certo, sempre esperei por isso, mas achei que ia demorar um pouco mais. Foi tudo muito rápido, ainda estou no processo de entender tudo o que rolou. A proporção das coisas muda. Agora eu me preparo pro Rock In Rio, quero fazer um clipe com dinheiro, quero cada vez mais melhorar a produção das minhas coisas e antes eu não tinha tanta noção do tamanho das coisas” conta.

Mesmo em ascensão, Marina continua a ser alvo de críticas e comentários negativos na Internet sobre o seu timbre de voz e a forma como canta. “Eu sempre recebi críticas, mesmo morando em cidade pequena. Hoje as críticas só aumentaram de proporção. Eu não acho massa como as pessoas criticam as outras e como elas se escondem atrás dessas críticas na Internet, porque não fazem isso pra ajudar, mas para ofender. Quando a crítica é construtiva, eu aceito e aprendo, às vezes até estudo sobre. Mas quando a crítica é pra ofender, eu trabalho muito comigo pra não me atingir, tenho-me fortificado cada vez mais pra isso”.

A sua maneira personalizada de cantar puxa por coros contagiosos, que fazem qualquer um seguir junto das canções sobre paixões e auto-conhecimento. Agora, com a normalização de espectáculos e eventos pós-pandemias, a cantora afirma: “Tem sido um sonho essa retomada. Tocar no Lollapalooza [Brasil] foi especial e muito incrível porque tinha um mar de gente na minha frente, né? Foi muito louco.”

As canções para um próximo álbum já estão gravadas, mesmo sem grandes planos para já. “Acho que deve haver alguns singles primeiro ou até alguns materiais do De Primeira“, explica Marina. Por aqui, estamos sempre à espera de mais. Em Julho, acabámos de saber esta manhã, há reencontro marcado no FMM Sines.


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