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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 26/11/2019

Mo Moroka, Enlery, Sam Ora, Paul Robert, Francisco Amorim, Lúcio Vieira, Fernando Fafe e Mick Trovoada colaboram no primeiro single independente do MC da Margem Sul.

Mais de 20 anos depois, General D está de volta com “Zombie”

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 26/11/2019

De volta aos clássicos: General D lançou “Zombie”, o seu primeiro tema desde Kanimambo, álbum editado em 1997.

Quando se debate a origem do hip hop em Portugal, o nome General D salta à vista enquanto um dos pioneiros do género, considerado por muitos o “pai” desta cultura urbana, hoje mais enraizada que nunca no nosso país. Nascido em Moçambique, em 1971, Sérgio Matsinhe veio para Portugal com apenas dois anos de idade. No final da década de 80, o nome General D começou a ganhar seguidores entre os primeiros militantes do rap que surgiam no Miratejo. Colaborou com os Pop Dell’Arte e participou numa faixa de The New Hard Noise Heavy Rock Cyber Speed Sonic Metal Punk Acid Sound, projecto de Tiago Lopes, músico dos Golpe de Estado, antes de se ter tornado no primeiro artista a editar um trabalho de hip hop em Portugal com PortuKKKal, em 1994, o mesmo ano que viria nascer mais tarde a compilação Rapública e o EP de estreia dos Da Weasel, More Than 30 Motherf***s. Em 1995 e 1997 editou os álbuns Pé Na Tchôn, Karapinha Na Céu e Kanimambo, respectivamente, antes de ter desaparecido por completo do radar do hip hop nacional.

Em 2014, o jornal Público foi encontrá-lo em Londres, meses antes do regresso a Portugal para integrar o cartaz do festival Lisboa Mistura. O fãs rapidamente imaginaram que um novo álbum da sua autoria estava na calha mas o rapper resguardou-se da pressão alheia para pensar bem em quais seriam os seus próximos passos. Colaborou em faixas de BSkilla e Allen Halloween e integrou o luxuoso cartaz d’A História Do Hip Hop Tuga, projecto criado para o Sumol Summer Fest’17 e que no ano seguinte “cresceu” para o Altice Arena.

“Tomei o meu tempo para me preparar e perceber o que queria lançar. Só me fazia sentido assim. Lançar algo porque sentia que era realmente relevante para os dias de hoje”, contou General D, em Outubro passado, ao Público. A ideia de votar a entrar numa cabine de gravação aconteceu quando se cruzou com o produtor londrino Mo Moroka, cujo trabalho com Baloji foi crucial para despertar o interesse de uma possível colaboração. Os resultados não foram instantâneos: “Isto não foi repentino, foi um processo contínuo, com muita pré-produção. (…) Não fui directamente para um estúdio. Andei a preparar o trabalho e a fazer maquetas. Foi algo que foi amadurecendo dentro de mim.”

O primeiro single em mais de 20 anos tem uma produção de General D em parceria com Mo Moroka e conta com instrumentação de Paul Robert, Francisco Amorim, Lúcio Vieira, Fernando Fafe e Mick Trovoada. Nas vozes registam-se ainda as participações de Enlery e Sam Ora, esta última com quem já tinha colaborado em “Black Magik Woman”, aquele que foi o seu single mais popular no início da carreira.


https://youtu.be/Bc8uKpLVUE4

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