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Fotografia: Kebba Nasso
Publicado a: 15/07/2025

Sandro G2 em entrevista, com dois discos a caminho.

Mais de 20 anos depois do fenómeno, o filho de Sandro G quer continuar o legado do pai

Fotografia: Kebba Nasso
Publicado a: 15/07/2025

Depois da lenda Sandro G, e enquanto não se grava o hipotético filme que poderia contar a sua história mirabolante, eis que aparece em cena o seu filho, Sandro G2. Com 21 anos, nos últimos meses começou a construir um percurso sério na música, já com vários singles editados e dois discos a caminho. Com um estilo de rap bem distinto do pai, mesmo que partilhem o sotaque micaelense e os anglicismos, tem-se vindo a destacar pela procura de uma escrita mais técnica e pelo empenho que tem colocado neste início de carreira. Em entrevista ao Rimas e Batidas, conta pela primeira vez a sua história e traça os planos daquilo que aí vem.

Talvez o melhor seja começar pelo contexto e recordar brevemente a história de Sandro G, o pai. Nascido em Ponta Delgada, Sandro Gomes tinha apenas nove anos quando a família emigrou como tantos outros açorianos para os arredores de Boston, nos Estados Unidos da América. Foi com o rap, em meados dos anos 80, que começou a aprender inglês, ouvindo atentamente as rimas de Run-DMC ou LL Cool J. Ele próprio começou a escrever os seus versos, na mesma altura em que se envolvia, como muitos dos seus amigos, numa vida de crime ligada ao tráfico de droga e aos roubos, que o levou a cumprir pena de prisão.

Foi em 1997, já com 23 anos, que gravou as primeiras maquetes que começaram a circular de mão em mão entre as pessoas mais próximas. Com o grande amigo Bobby 2G, começou a construir um disco a pensar na comunidade portuguesa que vivia, muitas vezes de maneira difícil, na Costa Este americana. O álbum homónimo, Sandro G, é lançado em 2002, mas dá-se uma tragédia poucos dias depois: Bobby morre na sequência de um acidente de viação, incidente que marca profundamente Sandro G.

Foi também nesse momento que os astros se alinharam para que o rapper mudasse subitamente de vida. Algumas cópias do seu CD tinham chegado a São Miguel, popularizando as rimas de Sandro G por vários locais, nomeadamente a vila piscatória de Rabo de Peixe, onde o MC tinha família e onde a sua música ressoava. Conhecida durante muitos anos como a freguesia mais pobre de Portugal, marcada por muitos problemas de toxicodependência e uma vida difícil, muitos rabo-peixenses identificaram-se imediatamente com a escrita autobiográfica de Sandro, que escrevia sobre o crime, as drogas nas ruas e descrevia a pobreza que observava na América. Embora separados por um enorme Atlântico, os paralelismos são evidentes. Ao mesmo tempo, o sotaque e o calão micaelense tornam-no num ícone local, uma vez que os açorianos nunca tinham ouvido rap feito daquela forma por alguém das ilhas.

O fenómeno insular adensa-se ainda mais quando o radialista António Sousa começa a passar temas de Sandro G na rádio: “Não Vou Chorar” e “Galinha” tornam-se hinos no arquipélago. A propósito deste burburinho, a RTP Açores convida Sandro G para uma participação no programa da manhã. A estação pública oferece a viagem dos EUA ao rapper e ele aceita. No entanto, não faz uma simples (e curta) viagem à ilha onde nasceu: em 2002, muda-se realmente para São Miguel, percebendo que poderá ter hipótese de fazer alguma vida da música. E é lá que acaba por conhecer, por acaso, um homem chamado Paulo Silva, que lhe propõe ser o seu manager. 

De forma completamente orgânica, “Não Vou Chorar” e “Galinha” ultrapassam os Açores e chegam com alguma força a Portugal continental nos meses seguintes. Herman José, que na altura apresentava um programa na SIC, fica encantado com a imagem de um rapper açoriano, de sotaque cerrado, a fazer rap com maneirismos americanos. Convida-o diversas vezes para ir ao seu programa, e Sandro G lá aceita depois de perceber que é algo em grande.

No programa, durante o qual oferece uma caixa de charutos a Herman José e o convida para ir a São Miguel fumar erva, interpreta rimas e explica parte da sua história de vida — também descrita nas suas letras. Naquela noite estavam presentes representantes da editora NZ, que, percebendo o potencial comercial de Sandro G, lhe oferecem prontamente um contrato.



O rapper não demonstra grande interesse e inicialmente responde que não; mas Paulo Silva convence-o a mudar de ideias, explicando que era a editora que tinha lançado recentemente os Excesso (nome que, na verdade, nada dizia a Sandro G, uma vez que a sua cultura pop era sobretudo americana). O rapper lá se deixa convencer, pensando que estaria a tomar a decisão correcta — tendo em vista os sonhos que havia imaginado com o amigo Bobby. Sem saber ler em português, sem a presença de um advogado e sem entender os mecanismos da indústria da música, assina ingenuamente o contrato.

Começa, então, a viver em Lisboa, onde prepara o segundo álbum. Chamar-se-ia Galinha, na sequência do sucesso do tema homónimo do disco de estreia; além disso, iria incluir novamente o agora single “Eu Não Vou Chorar”, que acabou por ter direito a um videoclipe icónico, gravado em Rabo de Peixe. Com o lançamento deste segundo álbum, em 2003, Sandro G torna-se um artista profissional. Passa o Verão a dar concertos para centenas ou milhares de pessoas, vai a todos os programas de televisão, convive com figuras públicas como Lili Caneças ou Fernando Rocha.

Mas, fruto do contrato que assinou, não vê praticamente dinheiro nenhum com a venda dos seus discos e com os cachets dos concertos. Segundo o próprio, Paulo Silva e a NZ exploraram-no e ridicularizaram-no, tratando-o como uma anedota pelos seus trejeitos e focando-se na vertente mais entertainer de Sandro, ignorando as descrições da pobreza em Rabo de Peixe ou nos EUA. “Galinha” foi também incluída nalgumas compilações, alegadamente sem o artista ter sido consultado.

Com a mulher grávida em casa, sentindo-se enganado e amargurado com tudo o que tinha acontecido, Sandro G faz as malas e volta para os EUA nesse mesmo ano. Tinha tido ideias para mudar Rabo de Peixe, tinha sido uma voz com peso, mas acredita que a indústria da música o impediu de apelar a essa mudança por estar unicamente centrada em fazer dinheiro fácil. Ao regressar aos EUA, tenta levar uma vida legal, mas volta rapidamente ao tráfico de drogas.



Com os anos, contudo, consegue recompor-se, deixar a vida do crime e volta a gravar uma série de projectos, onde se inclui, em 2006, The Final Chapter?. Num enorme statement, mostrando que estava no rap pelo amor e não pelo dinheiro, faz uma viagem aos Açores e leva consigo dez mil cópias do álbum no porão do avião. No arquipélago, oferece-as a pessoas de todas as ilhas e faz vários concertos. 

Apesar de sempre ter mantido o seu estatuto como referência maior do rap açoriano, e de o seu legado estar vivo até como influência para os muitos rappers que surgiram no arquipélago aconselha-se o documentário AZ-RAP: Filhos do Vento, que ilustra o fenómeno —, com os anos desligou-se da música. Agora há um novo rapper, com a frescura e garra típica da idade, com quem partilha o nome, a dar cartas. E aqui começa a história de Sandro G2.

[Da juventude difícil em Rabo de Peixe ao reencontro com o pai nos EUA]

Ao contrário do pai, o pequeno Sandro já nasceu nos EUA. Mas tinha apenas três anos quando fez, com a mãe, o caminho inverso: mudaram-se para Rabo de Peixe. O pai visitava-os esporadicamente, mas não era uma presença regular. “Eu e a minha mãe morávamos sozinhos, era difícil pagar a renda, ela tinha dois ou três trabalhos, morei em Rabo de Peixe até aos 12 anos mas depois mudámos várias vezes de casa e de freguesia à procura da renda mais baixa”, conta Sandro G2 ao Rimas e Batidas. “Lembro-me de o meu pai fazer visitas, íamos à praça, o meu pai ia ao strip club e as strippers davam-me rebuçados”, recorda, entre risos.

Chegado aos 15 anos, Sandro G2 levava uma vida precária e perigosa. “Estava a ir pelo caminho do meu pai, a fazer coisas que não devia, estava num estado em que a minha mãe não podia ficar comigo. O meu pai estava nos Estados Unidos, comprei uma passagem e mudei-me para lá para mudar de vida, no início da pandemia. Foi assim que me reconectei com o meu pai, vim morar com o meu irmão, com a minha madrasta, com os meus avós, conheci todo o lado da família do meu pai.”

Foi um ponto de viragem que se revelou um sucesso. Sandro G2 aprendeu a falar inglês, ganhou uma estrutura familiar diferente, afastou-se dos maus caminhos e hoje trabalha com o pai na sua empresa de construção. “Fazemos cimento, asfalto, fazemos os passeios e os acessos às garagens”, conta. “É engraçado porque cresci sem o meu pai mas hoje passo oito horas do dia com ele, acordo e vou deitar-me na mesma casa que ele. Seja mãe, seja pai, só há um por isso só quero aproveitar o máximo possível com ele.”

A paixão pelo rap, porém, é mais antiga. Foi na escola de Rabo de Peixe, a partir dos 10 anos, que o pequeno Sandro começou a prestar atenção às batalhas de rimas que aconteciam regularmente, sobretudo nos eventos das listas das associações de estudantes. “Eu gostava de vê-los batalhar, a fazer barras, e depois comecei também a escrever rimas, como se fosse fazer batalhas, só que tinha sempre vergonha de entrar em palco. Só aos 13 ou 14 anos é que comecei a gravar e a lançar alguns sons.”



É claro que o pequeno Sandro sabia de quem era filho, mas explica que nem foi uma influência assim tão directa para querer seguir este trajecto, até porque não tinha noção da história e da grandeza do seu pai. “Era difícil escapar porque o meu nome é Sandro, sou um junior. Claro que sabia que ele era um cantor, mas não sabia a influência que ele tinha. Às vezes ia para a escola, para a loja, perguntavam-me o nome e eu dizia que era o Sandro. Imediatamente relacionavam com o Sandro G e eu dizia que ele era o meu pai, mas ninguém acreditava. Mas nunca pensei nisso, nunca quis fazer música por causa do meu pai.”

Aos 15 anos, quando regressou aos EUA, desta vez ao pequeno estado de Rhode Island, Sandro G ouviu pela primeira vez o rap do filho. “Ele viu o meu talento, gostou bastante, disse que eu tinha barras, que o flow era diferente, disse-me que ia investir em mim”, conta, explicando que tem sido um processo gradual desde então.

“Financeiramente, estou melhor nos Estados Unidos, hoje trabalho todos os dias e já tenho dinheiro. O meu pai também me ajuda com contactos: um videomaker, um produtor, um estúdio. Ele está cá há 40 anos e conhece muita gente. Ele ajuda-me bastante, dá-me conselhos em relação ao negócio da música por causa daquilo que ele já passou. Mas, na música, às vezes o melhor conselho é não haver conselhos. Faço tudo sozinho. Porque não quero um dia chegar ao topo do game e dizerem-me que subi à pála do meu pai. E acho que nunca precisei muito do feedback. Eu não concordo, mas o meu pai diz que sou melhor rapper do que ele. Liricamente, talvez, mas o meu pai é uma lenda.”

O seu nome artístico, explica, é uma homenagem tanto ao seu pai como a Bobby Sousa, o seu amigo que assinava como Bobby 2G. “Carrego o nome do meu pai, mas o nome artístico também é por causa do Bobby 2G, que morreu nos braços do meu pai. Ele foi uma das maiores influências para o meu pai começar na música, era um dos melhores amigos dele. Ele estava sempre a dizer ao meu pai que devia investir em rimar em português e que devia deixar o inglês. E o meu nome era para ser Bobby, em homenagem, só que acabei por ficar Sandro. E quando estava a debater o meu nome artístico, ele disse-me que deveria ser Sandro 2G em homenagem ao Bobby, mas trocámos a letra e ficou G2: ‘Assim faço-te uma homenagem a ti e ao Bobby’.”

[Dois álbuns a caminho com ambição e determinação: “Quero trazer a onda do rap açoriano noutro nível”]

Como referências, o jovem artista aponta sobretudo rappers norte-americanos como Lil Wayne, Notorious B.I.G., Nas, Tupac, Eminem e Jay-Z. Já em Portugal, as maiores inspirações que cita são Sam The Kid, Regula, Plutonio, 9 Miller, Holly Hood, Gson e Piruka

Até agora, Sandro G2 tem vindo a rimar em português com algumas nuances de inglês, um cruzamento que pretende manter saudável e com primazia clara para a sua língua materna. “A minha primeira língua é o português, por isso vou sempre mantê-lo. Inicialmente queria misturar o português e o inglês para fazer uma coisa diferente, mas toda a gente em Portugal já está a fazer isso e não quero ser uma cópia de ninguém. O Sam The Kid disse-me uma vez, num directo no Instagram, que gostava muito do facto de eu, morando nos Estados Unidos, não usar assim tantas palavras em inglês. Porque há muitos rappers em Portugal que nunca cá estiveram, não falam inglês no dia-a-dia e usam mais inglês do que eu nos sons. Foi o que ele me disse e levei isso a sério, comecei a investir mais no português. Mas agora estou a fazer um bocado dos dois, porque também estou a criar uma fanbase nos Estados Unidos, com muita gente que não fala português.”

Em Agosto do ano passado, foi convidado pela Junta de Freguesia de Rabo de Peixe para dar um concerto na sua terra. Já tinha feito algumas pequenas actuações nos Estados Unidos da América, mas foi o seu primeiro concerto nos Açores e em Portugal. “Foi mesmo especial porque foi no bairro onde cresci, com as pessoas com quem cresci, que andaram comigo na escola”, conta, sublinhando o quão decisivo foi aquele momento para querer levar a música mais a sério.

“Foi um momento que nunca vou esquecer. Estava toda a gente na rua, homens e mulheres, grandes e pequenos, toda a gente a correr para mim aos berros, a pedir fotos. Acho que estavam lá mais de duas mil pessoas. A minha mãe e a minha família na linha da frente, toda a gente a dançar, ainda cantei a ‘Festa’ e a ‘Eu Não Vou Chorar’ do meu pai no final. Nunca senti esse apoio e amor, senti-me tão especial. Só queria ajudar toda a gente, só queria tirá-los daquelas condições. É uma vida triste, infelizmente. Muita gente lá ainda está pobre, muita gente ainda não tem condições de vida. No Barreiro, no Caranguejo, nas Garagens… Ainda são áreas perigosas, há rumores que ainda há lá droga do ano 2000. E é uma vida triste, a vida da droga é morte ou cadeia. Mas a série da Netflix ajudou bastante, há muito turismo nos Açores e em Rabo de Peixe, ajudou a trazer reconhecimento.”



Com três singles nas plataformas “Bitoque”, “Another One” e “Viver Bem” Sandro G2 também tem estado particularmente activo nas redes sociais, onde tem divulgado de maneira mais informal outras faixas, como é o caso de “RDP” ou do desafio de Uzzy com o instrumental de “Pelo Norte” em que decidiu participar. Muito em breve será lançado mais um tema, “Topo do Game”, um dos vários com videoclipe gravado pelo também rapper MK Nocivo, neste caso em Boston.

Sandro G2 adianta que, neste momento, se encontra a preparar dois álbuns. Um deles é Nova Escola, um disco “mais pessoal” com 14 ou 15 faixas, que deverá sair entre o final do ano e o início do próximo. Em simultâneo, encontra-se a preparar um projecto especial intitulado 9 Islands, de tributo ao arquipélago dos Açores, para o qual deseja gravar um videoclipe em cada ilha. 

“O Nova Escola é mais para mostrar ao pessoal do hip hop tuga que sou dos Açores, que posso ser diferente, mas que sou tão bom quanto eles. Não é egotrip, não estou a tentar ser orgulhoso até porque sempre fui humilde, mas sei o que posso trazer para a mesa. Sei que posso competir com os top guys em Portugal, o objectivo é esse, e mostrar que sou versátil, porque posso estar em qualquer wave, seja mais R&B, afrotrap, boom bap… Consigo entrar em qualquer onda, qualquer beat.” Em relação a 9 Islands, diz estar a idealizar um disco de “summer vibes”, mais “tropical”, para “pôr o pessoal a dançar”. “Também acho que é importante ser comercial, não é só rap nem só barras.”

Gravar um tema com o pai (que não mostra os seus dotes de rapper desde que foi convocado pelo DJ Souza para participar na faixa “Todo Dia”, em 2020) é algo que também já está em andamento.

“Está nos planos. Eu e o meu pai já tentámos fazer sons, já escrevemos juntos. Mas ele é bastante ocupado, tem uma casa, um negócio, quatro filhos. Por isso às vezes é complicado, mas tento sempre puxá-lo para vir para o estúdio comigo. Temos um som ou dois quase completos. Não digo que seja um sonho é o meu pai, posso literalmente gravar um som com ele em qualquer momento mas claro que gostava bastante. Só que quero que seja o som certo, que seja algo que fique para a história, que fique na memória de toda a gente. Já falámos com o Madkutz, que é nosso primo, e queríamos que fosse ele a fazer o beat para a nossa colaboração. Não há outro pai e filho na história do rap em Portugal, por isso o objectivo é fazer acontecer, tipo LeBron e Bronny James nos Lakers.”

Para já, o junior conseguiu levar o pai a fazer pela primeira vez um concerto em 10 anos. A dupla de pai e filho vai actuar em Agosto em Fall River, cidade onde vivem na fronteira entre Rhode Island e Massachusetts. “Vai ser uma coisa lendária, vem muita gente dos Açores e do Canadá, vamos actuar juntos pela primeira vez.”

Sandro G2, cujo pai foi também homenageado na série Rabo de Peixe na Netflix ao ser interpretado pelo actor e músico Romeu Bairos, revela ainda que Setembro vai trazer novidades boas vindas dos mesmos lados. “Não posso dar muita informação, mas vai sair em Setembro algo na Netflix, em que eu, o meu pai e o meu irmão estamos envolvidos. Não posso dizer se faz parte da série, se vai ser um documentário ou uma cena à parte, mas são grandes notícias e vai mudar a vida de bastantes pessoas, incluindo a nossa.”

Com a ambição própria da juventude, Sandro G2 mostra-se também determinado por ser aquele que vai continuar o legado. “O meu pai está praticamente reformado da música, não quer fazer mais álbuns. A única pessoa que vai continuar a carregar o nome e o legado dele sou eu. E se eu não conseguir ser maior do que ele, falhei. O objectivo é esse. Quero levar a minha carreira a sério, agora sinto-me um bocado atrás de toda a gente, mas vou continuar de cabeça erguida, empenhado e dedicado, porque sei que um dia vou chegar a algum lado. Quero meter os Açores no mapa, que sejamos reconhecidos, que sejamos tão falados como Portugal. Porque nós temos bastante talento. Eles não se importam connosco por causa do nosso sotaque, da maneira como falamos, mas quero trazer a onda do rap açoriano noutro nível.”


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