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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 22/02/2022

Alternativas que expandem.

Mãe Solteira Records luta contra a normatividade masculina com Memory Palace

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 22/02/2022

Memory Palace é o mais recente lançamento da Mãe Solteira Records. Esta é uma compilação que junta mulheres, pessoas LGBTQ+ e BIPOC que vão desde o indie ao techno ou drum’n’bass, passando pelos vários corpos electrónicos que no meio flutuam.

O objetivo, segundo a editora, é “preencher uma lacuna evidente” de corpos femininos, não-brancos, e não-normativos nas editoras de música eletrónica, enquanto ao mesmo tempo acaba também por criar um disco que ele próprio, a nível sonoro, quebra as normas da música eletrónica e trabalha muito fusões (como o caso da faixa de Cigarra com N△N▽ que mistura um violino e drum’n’bass).

O título Memory Palace surgiu como referência ao método de loci, e foi escolhido por quererem “criar um imaginário seguro através da música experimentada nesta compilação”, acrescentado que acreditam “que apostar na informação é também abrir portas para uma consciência unânime na desconstrução de uma sociedade padronizada”. Na compilação constam nomes pesados da electrónica de diferentes editoras e colectivos como GUTA, Dakoi., DEVANEE, Nigiri Ice, Astrea, Cigarra, N△N▽, Maria Amor, Danykas DJ, Marianne, Dianna Excel, Valody e Luanes. A capa foi feita por Sara Abrantes e o disco teve co-curadoria de Dakoi.

Metade das receitas das vendas revertem para o QueerIST, o núcleo queer do Instituto Superior Técnico. O projecto pode ser adquirido por 12 euros no Bandcamp da editora.

A Mãe Solteira Records é uma editora criada por Astrea e Kássia no Dia Internacional da Mulher de 2021, que “emergiu da urgência em constituir um espaço dedicado à produção, agenciamento, promoção e distribuição de artistas mulheres, BIPOC, LGTBQI+ e aliadas”. Para além de Memory Palace, há já lançamentos de Astrea, Marianne e Ndr0n.


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