Faces (2014), de Mac Miller, chegou ontem às plataformas de streaming pela primeira vez e veio acompanhado de um making of, realizado por Sam Balaban e agora disponibilizado no YouTube.
Ao longo de quase sete minutos, a peça destaca o aparecimento do The Sanctuary na vida do rapper e produtor de Pittsburgh, Pensilvânia. Entre Blue Slide Park (2011) e Watching Movies with the Sound Off (2013), os discos que o catapultaram para o sucesso, Mac Miller adquiriu uma casa com piscina em Los Angeles e transformou-a num estúdio, onde se mantinha ocupado a criar sempre que a sua preenchida agenda o deixava. Por lá, era frequente encontrar caras como as de Thundercat, Earl Sweatshirt ou Vince Staples, todos eles convidados em Faces e amigos próximos do artista à data, com quem trabalharam também noutras ocasiões.
Foi dessa liberdade e intercâmbio que nasceu a mixtape que mais se assemelha a um grande álbum de uma carreira que terminou cedo demais, em Setembro de 2018. A narrativa é muito mais pessoal do que os trabalhos que havia editado anteriormente e todo o seu imaginário é também mais sombrio, já que lida com questões sensíveis como a morte ou a dependência de drogas. Este foi também o projecto no qual Miller se quis notabilizar como produtor, ao assumir a composição de grande parte dos 24 temas que integraram a versão original do longa-duração, que, com a chegada às plataformas digitais, ganhou também “Yeah”, canção inédita que encerra o alinhamento.