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A VÍBORA está de volta. A residência mensal das M3DUSA no Musicbox focada na cultura hip hop tem uma nova sessão marcada para este sábado, dia 7 de Outubro, das 23h30 até às 6 horas da manhã seguinte.
As M3DUSA têm sido um dos nomes mais refrescantes atrás dos decks na cena clubbing nacional dos últimos anos e surgiram com o conceito de apenas se focarem em artistas femininas e queer a orbitar pelos campos do hip hop e do r&b. A 30 de Abril deste ano, inauguraram a residência VÍBORA no Musicbox, onde engrandecem as suas apresentações ao convidarem mais artistas para se juntarem a elas em palco — Trafulha, Rita Lig ou Sónia Trópicos são alguns dos nomes que já passaram pelos seus cartazes.
Na próxima invasão ao clube do Cais do Sodré, levam consigo um par de convidadas. A primeira a entrar em cena é Cookie Jane, que tem reclamado para si o título de “rainha do drill” nacional à boleia de singles como “Trudumtumtum” ou “Lucy” e protagonizará um showcase logo no arranque do evento. A outra presença assegurada é a de Mãe Dela, uma das primeiras mulheres a tocar discos na noite de Lisboa e cujo leque sonoro vai do funk e do hip hop até ao dancehall e ao UK garage.
Antes de deixarem no ar a ideia de que estão neste momento em conversações avançadas para assegurar um nome histórico do rap feminino português para a sua próxima festa, as M3DUSA trocaram algumas impressões com o ReB acerca do conceito da VÍBORA, uma série de noites venenosas que quer ajudar a transportar o espírito feminino e queer para os circuitos mais tradicionais do clubbing em Portugal:
“Desde o início que a ideia da VÍBORA é ser uma festa no Musicbox focada no feminino e no queer curada pelas M3DUSA, mas nós nunca quisemos fazer a festa sozinhas. Então contratamos sempre outres DJs — mulheres ou pessoas não-bináries. Ainda não aconteceu termos alguém DJ não-binárie, mas há de acontecer. O conceito é sempre este: o de criar uma noite para que possamos trazer pessoas connosco, porque não queremos nunca ocupar esse espaço a solo. E além de trazemos DJs, temos connosco, também, uma artista plástica que faz a arte gráfica, que é a Lilli, uma alemã que faz arte inspirada na estética tribal negra. Até os fotógrafos que nós trazemos para a festa são fotógrafos queer. Portanto, nós temos sempre este conjunto de pessoas à nossa volta que são escolhidas a dedo e que vêm contribuir para esta festa de uma maneira muito pensada por nós. Até agora, temos também trazido sempre uma drag queen, que é a nossa sidekick, a BLUE VELVET. Ela tem animado as festas e acompanha-nos no palco enquanto estamos a passar som. É uma espécie de go-go dancer que vai interagindo com o público e uma artista que entrega sempre uma performance a cada noite, durante a qual ela é a estrela. O público, que, acreditamos nós, está a ver pela primeira vez uma performance drag, entrega-se totalmente a ela…
Como tocamos hip hop desde o início do projeto M3DUSA, quisemos dedicar uma noite às mulheres que têm contribuído para esse universo musical, homenageando as B-Girls e trazendo novas manas connosco. Temos mais noites VÍBORA de hip hop feminino planeadas para o futuro, e podemos avançar desde já que a próxima irá contar, se tudo correr bem, com um grande nome nacional do hip hop feminino.”
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