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Publicado a: 10/03/2018

Lisboa Dance Festival 2018: Xinobi e os ritmos da salvação

Publicado a: 10/03/2018

[TEXTO] Gonçalo Oliveira [FOTOS] Lúcia Domingues

A deslocação de carro com destino a um festival na capital é sinónimo de demoras. O trânsito enfrenta-se bem, mas a chegada ao local e a procura por um lugar vago nem sempre se demonstra tarefa fácil. Nada que 10/20 minutos de “voltinhas” não resolvam, existindo, por norma, algum espaço disponível num raio considerado aceitável para o resto do trajecto a pé.

O primeiro dia do Lisboa Dance Festival foi contraditório em todo este procedimento. Se o veículo conheceu o seu destino num par de minutos em exploração, o mesmo não se aplica à viagem que tinha traçado de Sacavém até ao Beato. Em plena Infante Dom Henrique, demos de caras com a Unidade Especial de Polícia a barrar o trajecto com vários carros e carrinhas. Sirenes ligadas, armas ao peito, pinos no asfalto para delinear aquele que viria a ser o caminho obrigatório para todos os carros que fossem por lá passar. O que no início parecia uma espécie de armadilha para caçar alguém que andava fugido terminou numa simples operação STOP, que demorou mais de 30 minutos a ser montada (insert clap emoji here).

 


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Romare era agora apenas uma miragem — Manuel Rodrigues, um dos emissários do ReB no recinto, assumiu essa missão numa noite que necessitava de uma urgente salvação. Entre levantar o bilhete, encontrar caras conhecidas e agarrar a primeira bebida do evento, Xinobi preparou-se para disparar ritmos acima dos 120 BPMs. À porta da Fábrica do Pão, o palco designado para a actuação, está DarkSunn: “NAO foi do caralho“, fez questão de sublinhar. Obrigado… (insert sad emoji here).

Tudo apontava para um primeiro dia falhado, ainda a remoer nos gigs que se perderam pelos mais diversos motivos. Era tudo uma questão de calma: inspirar, fechar os olhos por alguns momentos e deixar o corpo balançar ao som das pulsações patrocinadas por Xinobi — um nome que pode até parecer discreto no capítulo editorial, mas cujo vasto conhecimento dos rituais das pistas de dança fazem dele um DJ que não nos deixa ficar mal servidos. Os planetas alinharam-se e a viagem que o xamã nos proporcionou levou-nos a percorrer vários capítulos dentro da cena house e techno. On The Quiet, o segundo disco que Bruno Cardoso editou no ano passado pela sua Discotexas, foi ponto de paragem obrigatório no decorrer do set. “When Dark Becomes Light”, de Karmon, e “Acamar”, de Frankey e Sandrino, foram as trips musicais que a noite passada precisava para não acabar com um resultado negativo… (insert blessed emoji here)

 


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