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Publicado a: 05/08/2017

Lil Wayne no MEO Sudoeste: Quem espera nem sempre alcança

Publicado a: 05/08/2017

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTOS] Daniela K. Monteiro

4 horas depois do estipulado, Lil Wayne entrou em palco. Cerca de 50 minutos depois, Lil Wayne estava fora do palco. Era só isto que nos apetecia escrever, mas não vamos por aí. Este foi o cenário no MEO Sudoeste durante esta madrugada, uma aparição relâmpago de um dos nomes que maior burburinho criou aquando do anúncio da sua presença no festival. Apesar de estar fora de forma há muitos anos, Lil Tunechi é considerado, por muitos, um dos melhores rappers de sempre. Se já tínhamos sérias dúvidas antes da actuação, a verdade é que a ideia não mudou depois do que se passou na Zambujeira do Mar…

Alguma vez receberam um pedido de desculpas de uma rockstar? Nós também não e não foi o rapper de Nova Orleães que o fez pela primeira vez. Vaiado pelo público – depois de Martin Garrix, milhares ficaram à espera durante cerca de uma hora pela super-estrela – , a entrada em palco deu-se na companhia de um baterista e DJ, uma dupla que tornou o gig mais dinâmico, mas que não chegou para suprir as falhas de Weezy.


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Durante o concerto, Lil Wayne insistiu em revelar-nos três coisas importantes: 1) “não somos nada sem o homem lá de cima”; 2) “não sou nada sem vocês” e 3) “não sou nada sem vocês”. A lição é bem-vinda, mas, desta vez, vamos deixar passar. Afinal de contas, parece que se está a safar bem sem nós.

O alinhamento foi uma mistura de temas seus com participações em canções de outros. Antes de “Mr. Carter”, a primeira faixa que interpretou, o DJ de serviço passou um tema que, pelo que pudemos ver e ouvir, deve ter sido tocado por (quase) todos os DJs deste festival: “Xo Tour Llif3”, faixa de Lil Uzi Vert.

Curiosamente, os versos nas canções dos outros não foram os seus melhores nos últimos anos: “I’m The One” (DJ Khaled), “The Motto” (Drake) ou “No Problem” (Chance The Rapper) foram as escolhidas, deixando de fora “Mad” (Solange) ou “Smuckers” (Tyler, The Creator), por exemplo.

 


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“Onde é que estão os meus verdadeiros fãs?”, perguntou a dada altura Lil Wayne. E, pelas reacções à nossa volta, estavam lá poucos. Depois da longa espera, as reacções não foram entusiásticas e a verdade é que o MC deixa demasiado a desejar para alguém que é idolatrado como um dos melhores nesta arte, apresentando uma entrega sofrível e sendo tantas vezes engolido pela sua própria banda enquanto interpretava clássicos como “Lollipop”, “A Milli” ou “Go DJ”. Para “Every Girl”, Dwayne Carter, que actuou com uma t-shirt dos Nirvana, trouxe um convidado especial: Mack Maine, artista e actual presidente da Young Money.

Depois dos percalços, a estreia de Lil Wayne não correu da melhor forma e, muito provavelmente, não perdurará na memória daqueles que esperaram quatro horas para o ver.


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