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Texto: ReB Team
Fotografia: Cristiana Morais
Publicado a: 10/03/2022

Sem limites para a ambição.

Lhast: “Admiro o trabalho do T-Rex e do Rafaell Dior e quis tê-los no meu projecto”

Texto: ReB Team
Fotografia: Cristiana Morais
Publicado a: 10/03/2022

A caminhada para o próximo álbum de Lhast, O Alkimista, previsto para sair em 2022, acaba de começar. “ES7ÁDIO” é o primeiro avanço e conta com as participações de T-Rex e Rafaell Dior.

Para o sucessor de AMOR’FATI (2020), Rafael Alves chamou os serviços de Bruno Mota (com quem falámos há uns anos a propósito de um placement — com uma música em que entra Pusha T — no filme Venom) para ajudá-lo na produção, rodeando-se desta vez apenas de uma outra cabeça para dar azo à sua criatividade.

No ano passado, o cantor e produtor lançou “Bossy” e entrou em “MORE LOVE“, tema de Mizzy Miles que também tem a contribuição de Carla Prata.



Fala-nos um pouco sobre a criação desta faixa: quando é que o T-Rex e o Rafaell Dior entram na equação e qual foi a lógica por detrás de juntar estes dois nomes?

A faixa nasce comigo e com o Mota no estúdio, fizemos dois ou três temas nessa noite e este foi um daqueles que, com o passar dos dias, pareceu ter potencial para entrar no álbum. Na altura escrevi logo o refrão e grande parte do verso. Passado umas semanas ‘tava com o Rex em estúdio e convidei-o para entrar no projecto, mostrei-lhe vários temas e ele sentiu bué este. Como ainda não tinha a minha parte bem finalizada, fiquei de lhe enviar o tema para ele escrever.

Entretanto, o Dior veio a Lisboa e passou no meu estúdio também com o intuito de bulirmos em algo para o meu projecto. Acho que foi o segundo tema que toquei e ele quis droppar logo a ideia base do verso dele, que colou logo. Mais tarde, o Rex enviou-me o verso dele e finalizamos também a parte do Dior e toda a pós-produção da musica.

Embora não tenha sido um feat. planeado, são dois artistas cujo trabalho admiro e que queria ter no meu projecto, mas tê-los ambos no mesmo tema foi algo que simplesmente acabou por acontecer.

“Mãe, eu ’tou frustrado, por esta altura da minha vida eu já devia ter um estádio”. Para alguém que já conquistou tanto, é incrível ver que ainda há esta fome toda. Como é que lidas com a tua própria ambição e de que forma é que é isso se insere na tua construção enquanto artista?

Acho que o conquistar tanto é relativo, quero atingir muito mais e não sou do tipo de ficar muito preso ao que já fiz. Por um lado, estou grato por fazer o que gosto a fulltime, isso em si já foi uma vitória, mas quero alcançar mais. Ao mesmo tempo que sei que tenho que estar grato por poder fazer isto diariamente, há uma frustração porque sinto que já pus muitas horas nisto e infelizmente o payoff em Portugal não te deixa tão confortável como nas indústrias de outros países. Quando digo confortável não é só para a tua vida pessoal, mas também para poderes investir ainda mais no que gostas de fazer e subir o nível do que fazes, sinto que quer sejam artistas, produtores, músicos, realizadores, etc, temos muito talento em Portugal e infelizmente isto não gera tanto para que possamos todos dar azo a nossa imaginação e criatividade sem as limitações óbvias.

Como artista penso que me vou sentir sempre assim, acho que é saudável haver um pouco de insatisfação desde que me leve a querer criar algo em que me supere.

O que é que podes revelar sobre o teu novo álbum, para além da co-produção do Bruno Mota?

Até agora o título do projecto é O Alkimista, vai certamente ter mais alguns feats. mas não quero revelar muito para já. Com o tempo as coisas vão-se encaixando, não só neste projecto como nos que tenho para trás. A nossa intenção é fazer algo que continue a motivar-nos e a evoluir musicalmente.


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