É uma festa de megatoneladas de filtros. “Please”: tempo rápido, tablas, distorção, amor Daft Punk pelo brilho pop underground dos 80s, um quê de Krisp (Bjørn Torske) e tudo vai resultar numa malha de tambor constante, a essência da essência da essência dos edits ou, como é descrito, “o fantasma de Ron Hardy vindo do futuro a tocar o disco ao contrário num prato defeituoso com uma moeda a fazer peso no braço”. Motor incrível. Apetece logo.
E no entanto estão cá os clichés todos. O outro lado chama-se “I Like It”, é uma manobra circular a imitar a acção do DJ na mesa durante um set. Quase não é música mas sim a manipulação sónica da mesma, um catálogo de filtros, o prato servido com a vianda já toda partida e pronta a consumir. O que há de bom nisso? A ideia, desde logo, e, claro – sempre -, o som, o modo como isto se relaciona com os seus pares, a cultura, a integração num set, o corpo tribalizado na pista de dança, a essência da essência da essência.
Vão buscar Josh Dunn e DJ McBoing Boing à net para prolongar o que se ouve no disco.