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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 14/01/2019

Landim: “Eu quero voltar a sentir amor pelo movimento”

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 14/01/2019

Tudo a postos para o Renascimento de Landim: o rapper de Mem Martins antecipou um novo projecto com “Na Mó di Dios”, uma faixa produzida por Migz, da HeadBangerz, que conta com um videoclipe realizado por Bruno Alfama, da Omnia Prod.

Landim tem sido um dos pilares do rap crioulo nos últimos anos. A primeira passada da sua jornada veio com o arranque do milénio, quando a mixtape KSDRAMA chegou às ruas por intermédio da Fitcha Broca Records. Seguiram-se inúmeras faixas e participações, com projectos como Kamikaze ou a saga Trap’S’Drama como principais marcos.

No ano passado, Landim deu mais um passo em frente, explorando novos territórios sónicos. HollyLandz apresentou uma inédita parceria entre o rapper e o produtor Holly, que reuniram um forte elenco de colaboradores, com Allen Halloween ou Bispo à cabeça. 2018 não chegou ao fim sem que Landim soltasse mais um tema novo: “Bo Ki Ta Decidi” foi a última pegada do ano em nome próprio, uma colaboração com Zizisso dos KBA.

Landim está agora pronto para o Renascimento: “Eu quero voltar aos meus dias de bebé no rap game, voltar a sentir o amor pelo movimento e consequentemente traduzir isso em música de qualidade”, explicou ao ReB. O projecto divide-se em duas partes, carimbadas pela Big Bit Música, com a primeira apontada já para o mês de Março.



No teu novo tema falas de sofrimento, de perda, de esquecimento… Que ideia é esta de estar “Na Mó Di Dios”?

É para aqueles que se questionam no dia a dia e perguntam muitas vezes por Deus ou, de alguma forma, aguardam intervenção divina na sua vida, ou algo especial que resolva os seus problemas. Deixá-los saber que está tudo “nas mãos de Deus” e que esse “Deus” somos nós próprios, escritores do nosso destino. Quero de alguma forma tranquilizar e motivar o meu bro, os meus bros, porque o meu flow e a minha voz… “Tudu na mó di Dios”.

Contaste com o Migz, da HeadBangerz, na produção, um nome provavelmente ainda desconhecido por parte do público. O que te chamou a atenção para os seus dotes e como é que se estabeleceu esta parceria?

Desconhecido para o público mas, para nós, o Migz é uma peça essencial que trabalha fora da luz dos holofotes. Desde a produção a toda uma organização e planeamento dos projectos e artistas… Tem mais do que simplesmente beats a oferecer. Achamos que está na hora de trazer o Migz para onde ele merece estar.

Este é o primeiro passo dado rumo ao Renascimento, o EP que vais lançar pela Big Bit. O que podes revelar sobre o projecto? Já existe data de lançamento, convidados ou produtores associados que possas adiantar?

É um projecto a ser lançado em duas parcelas, uma parte agora e outra no final do ano. Durante o mês de Março sai a primeira parte, toda produzida pelo Migz. E na segunda parte virão algumas participações que serão desvendadas a seu tempo.

E que título é este que adoptas no EP — em que sentido te sentes a renascer?

Uma caminhada de mil passos começa no primeiro. Sou uma pessoa que procura constantemente melhorar e evoluir e, às vezes, para isso acontecer tens de te reinventar, tens de renascer. Eu quero voltar aos meus dias de bebé no rap game, voltar a sentir amor pelo movimento e, consequentemente, traduzir isso em música de qualidade. Nova vida para os ouvidos e para a mente.

Estamos mesmo no arranque de 2019 e já passou quase um ano desde que lançaste o HollyLandz. Que balanço fazes de 2018? Além desse projecto com o Holly, que outros momentos no teu percurso consideras como merecedores de destaque?

2018 foi um óptimo ano para assentar e decidir qual o próximo passo. Foi um óptimo ano em termos de projecção e prospecção para os próximos anos. Acho que temos uma base de apoio muito segura, que nos permite ainda estar entre os big names da indústria. Experiências do tipo Espanha, Punta Umbria… Nunca tinha tido essa hipótese, de cantar para os finalistas. Estive na Suíça. Depois ao voltar tive um grande show no It’s A Trap, com Vado. Em Mem Martins, minha zona, minha área, obtive um convite para um concerto, da junta de freguesia, e foi também das melhores cenas ever. Estar no Sudoeste também. Festival Iminente a convite do Vhils… Poder estar no mesmo cartaz que Havoc, Kool G Rap… Tive o prazer de estar com o Kool G antes de eles voltarem aos USA, pedir-lhe conselhos, etc. 2018 foi uma benção. E 2019 será a continuação. Bless up.


Holly x Landz // HollyLandz

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