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Keso acaba de lançar duas novas remisturas de temas de KSX2016, “Defeito Sério” e “Manobras no Outono”. Os produtores escolhidos foram Jack Nash e Maria, respectivamente. Nesta primeira fornada, “BruceGrove” era o único remix lançado anteriormente – Roger Plexico foram os responsáveis pela nova versão.
“Estes primeiros remixes são, sem dúvida, uma benção destes três artistas que tanto admiro. O objectivo era claro: oferecer o meu material – as pistas – e eles fazerem o que bem lhes apetecesse com aquilo. Não impus rigorosamente nada. Forma, sequência, sonoridade, ritmo, nada. Quando fiz o convite e entreguei o material, o objectivo era este, que cada um aparecesse com algo totalmente novo. E assim foi. Todas as músicas são muito características de cada um dos produtores. Não podia estar mais contente com estas três novas roupagens. É disto que a arte da música vive: da interpretação, da reciclagem, da influência e do experimentalismo. Tenho mais para vir, mas para já e porque é Verão, aqui vai uma dosagem mais ritmada e electrónica”, podemos ler no press release enviado pelo Original Marginal.
Maria, um dos membros mais recentes da Monster Jinx, continua a “mexer” com a música dos outros: depois de remisturar “Brightly Night” de Sensei D. e “Dragão” de J-K, o produtor de Alverca atira-se a “Manobras no Outono”. David Almeida falou sobre a remistura: “Motivação para escolher esta faixa foi principalmente a melodia do refrão. O processo passou principalmente por criar uma boa progressão de acordes sobre elementos da melodia original e trabalhar toda a parte rítmica em halftempo do tema original, deixando mais espaço para os elementos melódicos. Esta remistura desbloqueou em mim diversos processos criativos que nunca tinham acontecido até à altura!”
Jack Nash, produtor residente em Londres, revelou o que levou a aceitar o convite: “O Keso, para mim, é família. Não sei como não fizemos nada juntos até agora, mas já estava na altura. Escolhi este tema porque ambos partilhamos a experiência de viver no norte de Londres (já cá estou há quase 8 anos) e queria interpretá-lo com uma sonoridade mais mexida, influenciado pela música electrónica britânica.”
O artista do Porto cedeu as pistas originais a uma dúzia de músicos e recontextualizou um dos álbuns mais marcantes do rap nacional dos últimos anos, que mereceu crítica assinada por Francisco Noronha.
https://www.youtube.com/watch?v=GjWllQqWhXo