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Publicado a: 06/02/2018

Kaps: o sapo, a metamorfose e Kambo

Publicado a: 06/02/2018

[FOTO] Filipe Feio

“Sapo Macaco” é a nova faixa de Kaps. O segundo single de Kambo, a próxima mixtape do rapper, saiu com vídeo de Gonçalo Duarte.

“Planos”, tema lançado em Novembro do ano passado, abriu a contagem para o sucessor de ETDN (Este Tipo de Nuvens). O projecto não tem beats originais e conta apenas com a participação de Low, membro da crew de Kaps, Mad Spit Records.

 



Fala-nos um pouco sobre o tema que lançaste ontem. O que é isto de seres um “Sapo Macaco”?

Esta faixa é a intro do meu projecto novo. O nome da música esta relacionado com o nome do projecto, Kambo. “Sapo Macaco” ou phyllomedusa bicolor [risos] é uma espécie de sapo venenoso bué raro. O veneno dele é utilizado por algumas tribos para curar uma série de doenças e condições. A vacina administrada com o veneno do sapo chama-se “Kambo”.

Esta ideia veio depois de ter fechado o projecto e perceber o que tinha em mãos. O sapo surgiu da ideia da minha metamorfose enquanto artista desde o ETDN até agora. Depois foi perceber qual das espécies se identifica mais com o meu rap. Um sapo venenoso, em extinção e com características para te curar os ouvidos. Esta tape é, por assim dizer, o meu “Kambo”.

Isso significa que será um projecto mais incisivo a nível de escrita (ao estilo egotrip) ou também vais abordar outras temáticas mais pessoais e introspectivas?

Eu diria que é um projecto mais vincado, que reflecte melhor quem sou e o que pretendo daqui para a frente. Tem mais identidade. Para além de ser mais fresh a nível de sonoridades, os temas da tape são mais actuais ou recentes na minha vida. Passo por tudo, tenho sons mais agressivos e outros em que me exponho bué a nível pessoal .O projecto em si acaba por ser uma metamorfose também. Acho que entro mais incisivo e vou “crescendo” ao longo do projecto. O “Planos” é a ultima faixa do Kambo e, se analisares os dois registos, dá para perceber a mudança.

Convidaste outros produtores e MCs para te ajudarem a criar este projecto?

Producers não. Os projectos com beats “originais” vão surgir depois do Kambo. A nível de MCs, trabalhei com o Low, que faz parte da minha crew (Mad Spit Records). Eu quis fazer esta tape sozinho, o Low veio dar o toque que faltava para o projecto ficar mais compacto. Para além de ser um rapper com skill muito acima da média, somos amigos de infância e é das pessoas quem mais convivo no dia a dia. Até seria estranho ele não fazer parte! [risos] Em estúdio, trabalhei com o Rodrigo Balona. Ele é quem me grava e é a mãozinha por trás do meu som. Acabou por me ajudar na concepção do projecto também.

 


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