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[TEXTO] Amorim Abiassi Ferreira [FOTOS] João “Lagarto”
Depois do concerto no Porto, no início do Abril, estava já na hora da cidade que viu O Justiceiro crescer receber a apresentação oficial do seu novo disco. Mike El Nite subiu ontem ao palco do Musicbox, juntamente com DWARF, o seu produtor, e o novo baterista para concertos, Diogo Sousa. Um momento destes obviamente teria de contar com muito apoio familiar e juntaram-se a ele em palco L-Ali, Da Chick, Profjam e Nofake.
A casa encheu-se com amigos, entusiasmo e muita energia. E após um snippet da “Cena do Ódio 3.0”, entra “Horizontes” ao som de aplausos de recepção . A ela segue-se “Oliude”, em carga máxima. “Manifestem-se desde já para o produtor desta merda!”, exclama Mike El Nite antes de começar o seu primeiro verso. As músicas sucedem-se com o peso dos baixos a criar pressão e os synths a marcar a ambiência enquanto a bateria ao vivo se mostra sempre certeira.
Caixeiro confessa que “Água Fria” é a sua faixa favorita do álbum – junta-se a ele o amigo Profjam para desbundar, à medida que a corrente vai varrendo o Musicbox. De seguida? Matar saudades do “Mambo nº1”, claro. O concerto conduziu-se num crescendo de energia e estávamos quase no pico. “Vocês ainda têm pilhas ou não?” Mas antes de entrar para o frenesim final, tinha chegado o tempo de fazer uma dedicatória, em pleno dia da mãe, e cantar “A Justa”: “A minha mãe sempre disse a coisa mais bonita que há no mundo é a justiça.”
Para gastar o resto da bateria, estava na hora de entrar “T.U.G.A.”. Com ela, a primeira metade da sala entrou em modo moche enquanto todos recitavam “Tambores, uivos, gritos, aplausos!”. Da Chick e Mike lançaram-se num stage dive acabando em grande um concerto, juntando-se à festa cá em baixo, no meio da plateia. Se a recepção desta noite indica alguma coisa, é de que a viagem d’O Justiceiro ainda agora começou mas que quem o ouve está com ele para a missão completa.
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