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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 20/08/2021

Sopros frescos.

Jéssica Pina: “A tour com a Madonna ajudou-me a libertar a minha voz como complemento do trompete”

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 20/08/2021

Há um “Vento Novo” a ser soprado na carreira de Jéssica Pina. A cantora e trompetista acaba de dar início à caminhada para o seu próximo trabalho, um EP que tem lançamento previsto para 8 de Outubro pela Arraial, braço editorial da Arruada.

Natural de Alcácer do Sal e com raízes cabo-verdianas e angolanas, a artista rodeia-se neste novo single de João Pedro Moreira, no videoclipe, de Rita Vian, na letra, e de GroovvBeats, na produção, para mudar a orientação daquilo que tínhamos ouvido até aqui da sua parte — Essência, projecto lançado em 2019, acercava-se do jazz e de variações próximas –, abordando agora texturas modernas do r&b e dos afrobeats — e podem culpar Madonna por isto…

Para saber mais sobre estes ventos de mudança, o Rimas e Batidas enviou quatro perguntas à instrumentista alcacerense.



Em “Vento Novo” há um desvio da sonoridade mais jazzy que ouvíamos em Essência. O que é que te levou para estes novos caminhos?

“Vento Novo” é isso mesmo, algo novo que surge de uma mistura de inspirações e influências. A tour com a Madonna ajudou-me a libertar o meu lado mais “artista”, a libertar a minha voz como complemento do trompete e perder o medo de arriscar. As influências de música um pouco mais electrónica, o r&b e as raízes africanas também sempre presentes. Uma fase nova, música nova, um vento novo.

A Rita Vian é a autora da letra. Como é que acabas a usá-la numa canção tua e o que é que te puxou a fazê-lo?

A Rita completou de uma forma muito elegante a música e melodia que eu tinha, mas que precisava de uma letra que me fizesse sentido. Descreveu-me a mim e a este EP na perfeição.

Também, lá está, temos-te a cantar. Foi natural largares o trompete por uns momentos para isso? A cantora que existia aí dentro estava guardada num lugar escondido onde nem fazias intenções de ir ou era uma coisa natural para ti e andavas a guardar isso para a altura mais indicada?

Eu sinto a minha voz como se fosse a continuação do que eu toco. Da mesma forma que quando toco sinto-me a cantar através do trompete. Nunca cantei por vergonha e falta de confiança, achando que não faria sentido cantar quando não sentia que fosse perfeito, mas agora sei que isso não existe. E, se gosto e me sinto mais completa, faz todo o sentido.

O que é que podemos esperar do resto do EP?

O resto do EP continua a ter a voz como linha principal, complementada pelo trompete, num seguimento r&b com letras em português e inglês. Tive muita dificuldade em escolher o primeiro single porque gosto de todas de uma forma especial e diferente.


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