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Publicado a: 05/06/2018

Jardins Efémeros 2018: Explorar “O Corpo” no centro histórico de Viseu

Publicado a: 05/06/2018

[FOTO] Direitos Reservados

A nova edição dos Jardins Efémeros acontece no próximo mês, de 6 a 10 de Julho, no centro histórico de Viseu. A temática para este ano é “O Corpo”. No site oficial do evento encontra-se um texto explicativo das ideias que norteiam a edição 2018 do evento naturalmente multifacetado:

“Carregado de simbolismo, o corpo contempla uma ampla gama de significados, muitas vezes controversos, em constante transformação. Altamente polarizado, é alvo de preconceito e discriminação. É objecto de intervenção do Estado. É recurso e capital económico, social e cultural. Está sob constante vigilância, digitalização e análise. É instrumentalizado. De acordo com pré-concepções sobre o corpo, as relações sociais, instituições e ideologias impõem, categorizam, por vezes dominam, e transformam fisicamente os corpos que tutelam, assim como os seus comportamentos. Numa tensão permanente entre os mecanismos de poder e técnicas de resistência, o corpo denuncia abusos, ambivalências e contradições. Afinal, a quem pertence o corpo? Ao indivíduo? Ao Estado? À sociedade?”

A multidisciplinaridade dos JE é um seus pontos fortes. Focando apenas a secção musical, a oferta é variada: as lendárias ESG (que celebram 40 anos de carreira), Nástio Mosquito, Lucrecia Dalt, André Gonçalves & Casper Clausen, Nídia ou Gabriel Ferrandini & Ricardo Martins são alguns dos artistas confirmados, indo de encontro aos ideais de vanguarda e de liberdade criativa que o festival promove.

Durante cinco dias, artes visuais, arquitectura, cinema, som, dança, teatro, mercados e oficinas são o principal “alimento” de uma cidade que abraçou totalmente um evento que potencia a sua relação com as mais diversas formas de expressão artística. Espaços como a Sé, a Igreja da Misericórdia, mas também museus, capelas, edifícios públicos e privados, edifícios devolutos, jardins, logradouros, praças e ancorados integram as rotas de uma experiência que sugere uma outra abordagem a uma localidade histórica como é Viseu, propondo-se, de certa maneira libertar esse “corpo” – arquitectónico, museológico, geográfico, social, etc – do seu próprio tempo.

E, ao contrário da grande maioria deste tipo de eventos, todas as actividades são livres e de acesso gratuito. “Reinventando” um pouco uma conhecida expressão, este evento é só para aqueles que têm a mente aberta e um corpo predisposto a desafios. Está tudo ligado…

 


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