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Publicado a: 13/03/2017

Indian Man: “Epsilon Indi marca uma nova fase enquanto MC e uma definição mais própria da minha personalidade”

Publicado a: 13/03/2017

[TEXTO] Gonçalo Oliveira [ARTWORK] João Ribeiro

A XXIII voltou a crescer e Indian Man é agora apresentado como o novo membro da editora. Epsilon Indi, EP de estreia, é o primeiro lançamento da label assinado por um MC.

O namoro entre o rapper e a editora começou no ano passado. Muito devido à entrada no catálogo da XXIII do seu parceiro nos instrumentais, SlugDown, que aí editou um EP em Julho passado. Nesse projecto surge o primeiro cameo de Indian Man, num tema que marca também um passo dado em direcção a outro tipo de sonoridades que não existiam ainda no espectro do rapper. “Foi por causa do SlugDown que comecei a arriscar nesse tipo de beats, sempre curti o trabalho dele e um dia resolvi experimentar escrever para uma faixa dele. Daí saíu o ‘Sombras’”, lembra Indian Man à nossa redacção.

 


 

Já em 2017 surge a primeira compilação da XXIII, XIII // VOLUME 1, e é lá que se notam os primeiros sinais do casamento quando, num intrumental de xxoy, o rapper assina, em parceria com Dudah, o tema “Ver P’ra Crer”.

Conheci a XXIII quando convidaram o SlugDown para fazer parte. Curti bué o conceito deles e a forma como trabalham a sua imagem, apoiando os artistas e fazendo festas. Achei estar aí uma boa oportunidade de espalhar a minha música apoiado numa equipa sólida e estou muito feliz com esta colaboração.” Epsilon Indi é o retrato dessa satisfação entre ambas as partes e acaba por marcar ainda mais o entrosamento entre Indian Man com alguns dos seus colegas produtores. SlugDown e xxoy voltam a servir-lhe batidas, rkeat – agora na Think Music – também entra nas contas, bem como alguns outros outsiders: Tavz, TSBeatz, MA-NV e Thakilla.

Rúdi Santos, nome do rapper da Baixa da Banheira, apesar de newcomer, conta já com 3 mixtapes editadas em nome próprio. Projectos que certamente serviram de base para que o rapper se sentisse mais confortável ao explorar novos caminhos. “De modo geral, o meu método de escrita começa no beat. Oiço e inspiro-me, às vezes até o nome do beat faz algum tipo de luz e adapto àquilo que quero falar”, conta-nos o rapper acerca do modo como opera em cima dos instrumentais que lhe são cedidos. E conclui: “A Epsilon Indi marca uma nova fase enquanto MC e uma definição mais própria da minha personalidade. Mostra um maior rigor em relação ao seu conceito, quando comparada com às outras 3 mixtapes, e um trabalho contínuo faixa-a-faixa. Para mim este EP marca um renascimento, com instrumentais profundos que dão aso à introspecção e reflexão, neste caso sobre a minha carreira, sonhos e objectivos.”

 


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