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Foi ontem apresentado e publicado o livro digital Jazz Panorama Portugal, uma iniciativa promovida pela Associação Sons da Lusofonia e pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, que partiu de uma ideia de Carlos Martins. O download gratuito da obra pode ser feito aqui.
O compêndio surge como um instrumento estratégico para projectar a música improvisada portuguesa no panorama europeu e mundial, apresentando perfis detalhados de mais de 50 músicos e grupos, de Maria João e Mário Barreiros a Gabriel Ferrandini ou Beatriz Nunes. Cada entrada inclui biografia, discografia, projectos actuais e testemunhos pessoais, com versões em português e inglês, visando facilitar o contacto com programadores e festivais internacionais.
A publicação reflecte uma dupla ambição: documentar a riqueza e diversidade da cena jazzística nacional — que, segundo os investigadores Pedro Cravinho e João Esteves da Silva, sofre de uma “dupla periferia” dentro de Portugal e da Europa — e servir como uma ferramenta de diplomacia cultural. O texto introdutório sublinha a necessidade de criar uma rede de promoção específica para a música improvisada, capaz de ultrapassar barreiras geográficas e de mercado, num sector onde o jazz “só vende mais do que a música para crianças”.
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