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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 07/03/2019

Pedro Simões e Mário Costa vão actuar no primeiro dia do festival que acontece no Centro de Congressos do Estoril.

ID no horizonte: Progressivu à conversa com Pedro Mafama

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 07/03/2019

Frente-a-frente num mundo digital onde as conversas perdem o calor da presença mas ganham a ponderação de quem tem de transcrever sentimentos e emoções através de um PC ou smartphone, dois talentos emergentes da música nacional trocaram ideias sobre o festival ID, que acontece nos dias 29 e 30 de Março, no Centro de Congressos do Estoril, a exportação da canção feita em Portugal e as novidades que estão aí ao virar da esquina.

Com a Lisboa mestiça como pano-de-fundo, Progressivu assumiu o papel de entrevistador e Pedro Mafama de entrevistado numa conversa entre dois amigos que estão a subir a pulso no panorama português (mas com os olhos postos no resto do mundo).



[Progressivu] Fiquei muito feliz quando soube que ias tocar no ID e logo no mesmo dia que eu. Estás entusiasmado com a cena?

[Pedro Mafama] Estou sim, vai ser óptimo tocarmos outra vez os dois na mesma noite, já é a terceira! Estou bem entusiasmado com o festival, não só por tocar lá, mas também por ir a um evento tão bem pensado e com um cartaz tão curioso e diverso.

[Progressivu] O que pensas do Festival ser num Centro de Congressos? Alguma vez pensaste que isso poderia acontecer?

[Pedro Mafama] Olha, estou curioso para ver como aquilo vai funcionar como espaço de concertos e sets… O cartaz foca-se muito em musica electrónica, e acho que as sonoridades que vamos ouvir naqueles dois dias vão criar um diálogo fixe com o espaço futurista e corporativo do Centro de Congressos.

[Progressivu] Há algum artista (ou artistas) que estejas especialmente interessado em ver?

[Pedro Mafama] Há sim, mas estou sobretudo interessado em ver como vai funcionar o conjunto de todo o cartaz, porque tens ali coisas que à partida pertencem a mundos diferentes, mas ao mesmo tempo percebe-se que há uma coesão forte na escolha do cartaz… Toda a gente que vai tocar ali tem algum toque futurista, alguma coisa que nos liga muito a 2019, e acho que o conjunto de todo o cartaz em diálogo com o espaço em que vamos tocar vai ser uma coisa muito curiosa de se ver.

[Progressivu] Tens cenas preparadas? Vais surgir com exclusivos?

[Pedro Mafama] Tenho umas novidades aí a surgir que, se tudo correr bem, já vou poder mostrar no festival!

[Progressivu] Qual para ti a importância de mostrar o que trabalhas em estúdio ao vivo? O que é que sentes? E o que é que isso te traz e te ajuda no teu trabalho?

[Pedro Mafama] Sinto que as canções ganham vida própria no palco, vão ganhando outros significados e vão-se mesmo alterando em relação àquilo que gravei e lancei inicialmente… Em relação à forma como os concertos afectam o trabalho de estúdio, sinto alguma influência, mas acho que no estúdio estou mais à procura de algo que me interesse explorar, como uma sonoridade ou estética, mais do que algo que eu sei que vai resultar em palco!

[Progressivu] Para além do ID, 2019 está a ficar preenchido?

[Pedro Mafama] Estou com uma quantidade fixe de concertos, é bom ver que o pessoal me quer ouvir a tocar cada vez mais, mas quero também sentir que estou a escolher bem as coisas e que não me estou a precipitar a querer tocar em todo lado antes de ser a altura certa!

[Progressivu] Sei que tens tocado por aí. E estúdio? Estão a ser feitas coisas novas? Queres falar de algum novo lançamento?

[Pedro Mafama] Estão a ser feitas coisas novas, e há outras coisas preparadas já também, vai tudo sair na altura certa [risos].

[Progressivu] Já conversei sobre isto contigo algumas vezes e sei que o que te move e um dos teus objectivos é elevar a cena portuguesa no cenário mundial. Achas que estamos num bom caminho e que as coisas estão a ser bem feitas?

[Pedro Mafama] Acho que sim, sinto que estamos a fazer a música que devíamos estar a fazer neste momento, com uma diversidade que reflecte aquilo que se vive no nosso país. Mas acho que podemos ainda subir mais, temos de continuar a afinar a nossa estética e ‘marca’ como cidade e país, e há-de chegar o dia em que o mundo se vai verdadeiramente deixar contagiar pela nossa cultura, e tudo o que foi feito até agora vai fazer ainda mais sentido.

[Progressivu] Achas que estamos à altura de outros países?

[Pedro Mafama] Sim, e acho que em termos musicais e artísticos os limites como o alcance da linguagem, numero de população ou tamanho do país podem sempre ser ultrapassados se as coisas forem feitas da maneira certa.

[Progressivu] Agora aquela pergunta da má fama. As tuas DMs [direct messages] têm estado mais activas desde que começaste com isto?

[Pedro Mafama] Ya [risos]. Mas neste momento estou mais preocupado com a minha caixa de entrada do email do que com a do Instagram, meu irmão!


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