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[TEXTO] Alexandra Oliveira Matos [FOTO] Direitos Reservados
A-Trak, o DJ canadiano que é patrão da Fool’s Gold, lançou o desafio: colocar 8 DJs e 8 produtores a competir ao vivo na primeira edição dos Goldie Awards. Responderam ao desafio mais de 300 artistas, entre eles o produtor português Holly. Longe do entusiasmo que se poderia esperar por estar na final de um concurso internacional, a decorrer já no dia 7 de Setembro em Nova Iorque, no Brooklyn Steel, Holly está como já o conhecemos: de pés bem assentes no chão. Estivemos à conversa com o produtor que nos confessou que não gosta de colocar “grandes energias nestas coisas”. “É mais uma experiência que vou viver”, diz-nos.
Entre os júris da competição estão nomes bem conhecidos. Diplo, Mannie Fresh, Just Blaze, Mija, Craze, Destructo e Whooligan compõem o painel que vai avaliar, separadamente, DJs e produtores. Quanto a estes nomes de peso, Holly assegura que “não há pressão nenhuma”. “Curto saber que o júri é composto por nomes como o Diplo”, mas porque “normalmente as beat battles têm logo aquela conotação de serem cenas onde só passas beats a pensar num MC, boom baps, traps, etc… e eu adoro produzir um pouco de tudo e ver que o júri não é tão directamente ‘hip hop head’ e tens pessoal do drumnbass, house, funk, moombhaton, se é que faz sentido falar em estilos, mete-me mais à vontade para usar vários elementos com que me identifico nos beats que vou apresentar na batalha”, explica.
Se ficar em primeiro lugar na batalha de produtores, Holly repete o que já conseguiu: ter um beat lançado pela Fool’s Good. “É uma editora que já sigo e respeito antes de começar a fazer música e é claro que tudo o que faça que possa ser incluído na história desta editora é um prazer”, sublinha. Porém, antes do prémio há sete produtores para enfrentar e as regras são claras. Na primeira ronda da beat battle, os produtores têm de tocar dois beats consecutivos, um desses beats terá de incluir parte do sample enviado pela organização aos produtores uma semana antes do evento. Na segunda ronda, a final, os dois produtores finalistas serão colocados frente a frente e cada um tocará dois beats, alternadamente. Holly nunca participou numa batalha deste género, ao vivo. E apesar de, como nos disse, ainda não se ter preparado, já deu uma vista de olhos à lista de adversários. “Um deles é o Young Sidechain. Temos feito alguns sons em conjunto pela net”, conta Holly que acrescenta ainda que “vai ser fixe conhecê-lo lá”. Da competição de DJs também conhece alguns nomes como o Rafik e o Yuto com quem também já fez música. Resta-nos esperar pelos resultados.
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