[TEXTO] Alexandra Oliveira Matos [VÍDEO] Luis Almeida [FOTOS] João Tamura
Quem diria que a cultura hip hop iria encher, a propósito da exibição de um documentário, a sala Manoel Oliveira do Cinema São Jorge em 2018? Seria esta a pergunta que pairava em muitas das cabeças, das mais de 800 que no passado sábado, dia 28 de Abril às 19 horas, estiveram no IndieLisboa. A maior sala daquele cinema na Avenida da Liberdade estava lotada para ver Hip to da Hop, o filme de Fábio Silva e António Freitas.
Se muitos estavam à espera de um enfadonho relato cronológico acabaram por ser surpreendidos por bonitas pinturas de cidade, salpicadas de entrevistas que, mais do que serem exaustivas, são íntimas e filosóficas. Um documento que abarca várias cidades e as quatro vertentes da cultura, mas em que faltam — apontou Capicua, também presente — as mulheres. Fábio e António justificam-no com o facto de terem saltado de uns entrevistados para outros, na teia em que de facto se sustenta uma cultura que é mesmo feita de pessoas. Ainda assim, fica a nota para documentos vindouros e, em vídeo, a opinião de alguns que por lá estavam.