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Publicado a: 18/05/2015

Hip hop x violência: uma lição de história de Killer Mike

Publicado a: 18/05/2015

https://youtu.be/Jop21tgJVLE?t=9m40s

 

[Foto]: Direitos Reservados

 

Killer Mike destaca-se não só como um dos versáteis MCs do colectivo Run The Jewels, mas também como um activista dos direitos humanos. Por inúmeras vezes, nos últimos meses, tem surgido em debates televisivos e radiofónicos a esboçar umas ideias concretas sobre a violência policial contra os negros ou a preguiçosa conotação da cultura hip hop como campo de treinos para jovens e gangs armados.

Porém, e tal como sublinhámos acima, esta é uma percepção ociosa de quem apenas observa a direito o que os media lhes coloca à frente sem mirar as periferias pouco destacadas. E é exactamente por isso que a intervenção de Killer Mike sobre a violência e o hip hop no programa televisivo Real Time with Bill Maher, na passada 6ª feira, é uma lição que deverá ser revista por todos, globalmente.

Instado a comentar sobre o que diria às pessoas que afirmam que a cultura do hip hop e o rap produzem – e incentivam – a hostilidade e violência, o rapper de Atlanta é curto e directo: “são estúpidas”.

A restante intervenção de Killer Mike é pertinentemente sustentada com os primórdios do hip hop no Bronx e como este deu um sentido de comunhão e identidade aos grupos de jovens que se juntavam nos bairros e ali criavam arte de índole activista. Era uma forma das minorias dos projects serem ouvidas durante uma época – os anos 1960 e 70 – em que foram segregadas e deixadas ao abandono pelas classes políticas.

Uma participação construtiva de Killer Mike para a discussão e, sem dúvida, um input que é de escuta (acima) e apreensão obrigatórias. Já abaixo deixamos o mais recente videoclipe dos Run The Jewels – “Early”, de Run The Jewels 2 – que é por si só uma demonstração de hip hop enquanto ferramenta de activismo e de awareness.

 

 

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