Gyedu-Blay Ambolley vai estrear-se em território nacional, acompanhado pela sua Sekondi Band, com um concerto agendado para o B.Leza, a 20 de Fevereiro. O warm-up e a after-party ficam ao cuidado de DJ sets dos Irmãos Makossa & Afromats Crew.
O percurso musical de Gyedu-Blay Ambolley teve início na década de 70, com passagens pela bateria, guitarra e baixo, antes de se fixar enquanto frontman, com a voz e o saxofone enquanto principais instrumentos. O ganês, que chegou a partilhar o palco com Fela Kuti, editou o álbum de estreia Simigwa em 1975, que se celebrizou como um marco de elevada importância para a música africana, originando um novo género musical que fundiu o highlife ao afrobeat, e foi até buscar elementos ao jazz e ao funk, com James Brown enquanto principal referência internacional, inspiração que é audível na secção de sopros e nos breaks que o disco contem. Simigwa foi recentemente reeditado em vinil pela Mr Bongo.
O lado inventivo com o qual aborda a sua música aliado à voz activa que mantém nas questões sociais, económicas e culturais ligadas ao seu país, valeram-lhe vários prémios ao longo da carreira, tanto a nível nacional como internacional — em 2013, o estado da Califórnia destacou-o pelo importante papel que desempenhou ao longo da carreira ao “colmatar a lacuna entre África e a música Afro-americana.”
Com dezenas de discos editados e vários clássicos no seu portefólio, a vinda de Gyedu-Blay Ambolley a Lisboa acontece no âmbito da promoção dos seus trabalhos mais recentes, com Ketan (Agogo Records, 2017) e The Message (Analog Africa, 2018) à cabeça, discos conotados com a evolução sónica pela qual a sua música passou, com uma presença vincada de sintetizadores e teclados electrónicos.