[TEXTO] Gonçalo Oliveira [FOTO] Filipe Feio
E se pudéssemos voltar a ouvir temas como “O Panorama”, “Na Casa Dos 20” ou “Distante” nos concertos dos GROGNation? Melhor: e se esses clássicos fossem reinterpretados pelo quinteto e uma banda num formato acústico? O alinhamento ainda é surpresa, mas a crew de Mem Martins já está a preparar uma série de seis espectáculos que vão percorrer uma discografia construída nos últimos anos.
Depois de várias tours pelo país fora, cada uma com o propósito de apresentar um dos cinco projectos já assinados pelos GROGNation, NastyFactor, Harold, Papillon, Prizko e Neck voltam a fazer-se à estrada com uma nova proposta de espectáculo. Nas suas mais recentes actuações, o grupo apresentou Nada É Por Acaso, o álbum de estreia editado em 2017.
No dia 13 de Outubro, o grupo sobe ao palco do Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, para assinalar o arranque de GROGNation Unplugged, digressão que vai contar com mais cinco datas ainda por anunciar. Guitarra, baixo, teclas e bateria juntam-se a uma equação que, até agora, contou apenas com cinco MCs e DJ. “Vamos aproveitar a ocasião para viajar no tempo e percorrer todo o nosso percurso até aqui,” garantem.
O Rimas e Batidas esteve à conversa com o colectivo para conhecer um pouco melhor os moldes deste GROGNation Unplugged.
Como surgiu esta ideia de uma digressão no formato acústico, tão pouco usual no hip hop feito nos dias de hoje?
Quisemos fazer algo diferente, algo que fosse um desafio e nos pusesse à prova e nos tirasse da zona de conforto ou do habitual. A ideia surgiu e sentimos-nos todos motivados para este desafio.
Presumo que já tenham começado a testar o vosso material despido de sonoridades digitais e eléctricas. Quais foram as primeiras impressões?
Já começámos a trabalhar o concerto. O desafio de ter uma banda de suporte já é, por si só, uma experiência enriquecedora e uma novidade para nós enquanto banda. Neste caso específico, a nossa intenção é transformar as músicas e procurar a canção, olhar para as nossas músicas de outra forma sem perder a nossa intenção inicial.
Editaram o Nada É Por Acaso durante o ano passado e já nos deram a conhecer algumas faixas novas depois disso. É à volta deste material mais recente que os concertos acústicos vão andar ou têm também alguns clássicos no horizonte?
Vamos aproveitar a ocasião para viajar no tempo e percorrer todo o nosso percurso até aqui, passando pelas músicas que mais marcaram o público como as que nos marcaram mais a nós.
Já definiram o alinhamento em palco? Podem revelar-nos os músicos/instrumentos que vos vão acompanhar ao vivo?
Já, sim, mas ainda não queremos revelar o alinhamento nem o nome da banda que vai estar connosco, para manter o factor-surpresa. Podemos adiantar que vamos ter um guitarrista, um baixista, um teclista e um baterista num formato desprendido de todo o habitual processamento digital.
Começam logo por jogar em casa, no Olga Cadaval, a 13 de Outubro. O que significa para vocês tocar numa sala tão emblemática da zona de Sintra? E que surpresas reservam para aqueles que vos vão ver na estreia deste formato?
Não é a primeira vez que actuamos nesta sala emblemática, mas é sempre uma honra poder voltar a fazê-lo, ainda para mais com este registo pouco habitual, num dos locais que nos viu crescer, Sintra. Queremos desde já convidar as pessoas a estarem presentes neste concerto intimista que marca 7 anos de GROGNation.