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Texto: Vera Brito
Fotografia: Rodolfo Magalhães
Publicado a: 25/11/2021

As vidas que existem em nós.

Gisela João: “Eu entendo a arte com esse propósito de fazer as pessoas parar”

Texto: Vera Brito
Fotografia: Rodolfo Magalhães
Publicado a: 25/11/2021

Uma entrevista telefónica pode ser ingrata e criar uma barreira estranha quando as duas pessoas não se conhecem, mas passados poucos segundos de conversa com Gisela João percebemos que isso não seria um problema. Com a sua maneira autêntica, calorosa e espontânea de comunicar, os minutos fluíram sem esforço e teria sido fácil alongarmos-nos, perdendo a noção do tempo, até porque Gisela tem mil coisas a acontecer: dois concertos recentes nos Coliseus que a deixaram de coração cheio, uma participação no prestigiado A COLORS SHOW, o disco colectivo Mirrors, acabado de sair, e, para além de tudo isto, a autora de AuRora tem muitas ideias próprias e histórias de vida, as suas e as de com quem se vai cruzando, que preenchem as suas músicas e os palcos que pisa.



Gisela, acabaste de fechar dois concertos nos Coliseus em Lisboa e no Porto, acredito que muito esperados desde que lançaste o teu último álbum AuRora em Abril. Como é que foi, por fim, pisar as tábuas destes palcos com este disco?

Foi incrível, foi incrível! É assim, todo o músico e cantor quer é tocar para as pessoas e, depois disto tudo temos estado a viver, com esta incerteza de “há concertos, não há concertos, vai ser cancelado, não vai ser cancelado”, conseguir fazê-los já é uma benção e conseguir fazer o Coliseu é tipo “ok, eu nem ‘tou a acreditar que vou conseguir ter esta sala cheia de gente”. É claro que eu nunca me vou esquecer dos concertos que faço, mas perante todo o cenário que nós ‘tamos a viver estes Coliseus têm um significado diferente. 

Como é que se transporta um disco tão intimista como este para salas desta dimensão? 

Eu gosto sempre de tornar as salas intimistas e, por isso, a luz e a cenografia são sempre muito importantes para mim, para eu conseguir pôr o público onde eu quero que ele esteja. Todas as músicas que eu canto, todos os poemas, eles remetem-me sempre para imagens, para cenários e para uma coisa íntima, e eu refugio-me sempre com a luz, ela é importantíssima, e o cenário que consegue transformar a sala no tamanho que eu quero. Neste caso, os Coliseus são grandes mas consegui com a luz e com o cenário tornar aquilo num ambiente familiar, caseiro, quase como se estivessemos na minha sala de casa, ou no meu jardim neste caso, e estamos ali só a conversar e a ter conversas sobre o amor, porque o amor é tudo na vida, não é?

Neste teu disco, o contemporâneo e tradicional fundem-se sem esforço e de forma muito natural. Continuas a descobrir novas facetas no fado?

Ai, todos os dias! Para mim o mais importante é a mensagem que se está a passar, é a história que se está a contar quando se canta uma música ou quando se canta um disco no todo. Há uma história que se conta e para mim isso é sempre o mais importante. Portanto, todos os dias, com a minha vida, com a minha a história de vida, com a história de vida das pessoas que eu conheço, com a vida de pessoas que passam por mim na rua, de coisas que eu vejo, tudo isso me inspira a interpretar as músicas de forma diferente, a cada vez parece que as histórias que eu canto têm sempre muitas interpretações e então todos os dias há sempre alguma coisa nova, que eu levo para mim, que me faz interpretar a música com outra memória, com outra ideia daquilo que estou a cantar.

E foi também o primeiro trabalho em que te estreaste como letrista e compositora. Como é que foi essa experiência?

Olha, honestamente, no ínicio quandoestou a seleccionar músicas para gravar, eu sei de quem é esta música ou de quem é aquela letra, mas depois chega a uma altura em que eu sinto-as como histórias que são minhas, ou de alguém que eu conheço, porque estou a interpretar e a pensar numa situação qualquer. E quando no meio das músicas que tinha seleccionadas para o disco, que são sempre mais do que aquelas que gravo, eu só me lembro que há ali uma que é minha porque, neste caso, houve alguém, o Justin [Stanton] e o Michael [League], que me disseram “eu acho que tu devias gravar isto, é teu, não deves ter vergonha”, e a partir daí eu esqueço-me que aquilo é meu, eu quero é interpretar aquilo, não me interessa se é meu ou se é de outra pessoa qualquer, eu tenho é de interpretar aquilo com a maior inspiração e brio possível. Claro que fiquei super feliz e foi muito libertador e muito empoderador descobrir que, “ah olha, eu também tenho coisas a dizer a este nível”, ao nível da escrita e da composição, e isso foi muito bom. É claro que todos nós quando descobrimos uma coisa nova que conseguimos fazer é super engrandecedor, porque sentimos que crescemos, não é?

E torna também todo o trabalho mais pessoal…

Sim, é porque é muito difícil e a minha questão com a escrita sempre passou muito pelo ponto de sentir que, caramba, eu quando ‘tou a cantar poemas que não são meus já me sinto tão nua, tão despida, porque estou a interpretar aquilo, e as pessoas ficam a conhecer-me de forma muito íntima, que sempre pensei, “se eu for cantar letras que eu escrevi, então mais nua ainda fico”, porque ‘tou a escrever sobre a minha história, sobre mim. Mas foi muito fixe conseguir ultrapassar essa barreira de perceber, “sim, não há problema nenhum de eu contar a minha própria história”, porque a minha própria história também pode ser espelho da história de muitas outras pessoas, de pessoas que eu não conheço de lado nenhum, com quem nunca falei, mas que já viveram aquele sentimento.

Há cerca de um mês saiu também a tua interpretação do tema “Louca”, para o A COLORS SHOW, que eu acho que está uma versão verdadeiramente desarmante…

Oh! Obrigada.

Já vi várias vezes e não consigo fazer outras coisas enquanto estou a ver…

Ai, que bom! Sabes que é isso, há bocado quando me perguntavas sobre como é que se consegue transportar um disco íntimo para o Coliseu, isso que tu me acabaste de dizer é isso que eu quero. Nós passamos a vida a correr, passamos a vida a cobrar-nos, e a cobrar aos outros também, mas acima de tudo a nós, e pomos tanta pressão em nós, que parece que nunca temos tempo para nada. Às vezes tenho a sensação que se um dia tivesse 150 horas, nós íamos passar essas 150 horas e chegava ao fim do dia e íamos dizer na mesma “fogo, não consegui fazer isto e aquilo, tenho de fazer isto e isto”, e há sempre esta relação com o tempo, em que parece que descuramos o tempo. E o tempo, ele passa, e nós não conseguimos fazer um pause e voltar atrás aos cinco minutos de há bocado de quando te atendi o telefone. Eu não consigo voltar atrás e aquilo que me interessa a mim é de facto isso que tu me acabaste de dizer. Pá, e eu fico de coração cheio quando alguém me diz uma coisa dessas “eu não consegui fazer mais nada, eu parei”, porque isso para mim o que me diz é que, naquele momento, tu estás a ouvir-te, estás a sentir o teu corpo, estás a permitir que a tua cabeça pare um bocado para reflectir sobre ti própria, sobre a tua vida, sobre quem tu és, para onde é que queres ir. E eu entendo muito a arte com esse propósito de fazer as pessoas parar, de terem tempo para elas, para que elas possam reflectir e questionar, porque eu acho que a arte tem esse propósito de nos fazer questionar, porque por via do questionamento nós tornamo-nos pessoas mais interessantes, mais conhecedoras, mais pragmáticas também, até em pequenas questões do dia-a-dia. E quando eu interpreto qualquer música, por exemplo, quando interpreto a “Louca”, eu ‘tou a viver ali muitas histórias que eu já vivi, muitas histórias que eu já vi muitas mulheres viverem também, e então dá-me muito prazer sentir que eu consigo fazer com que outra mulher não se sinta sozinha a ouvir aquilo e que pense assim “ya, meu, esta gaja ‘tá a falar sobre a minha história também”, sobre quantas vezes me chamaram de louca, sobre quantas vezes me fizeram sentir mal pelo decote que decidi usar, ou sobre quantas vezes eu me castrei a mim própria porque queria pôr um salto alto e uma mini-saia por exemplo, mas eu própria olhei-me ao espelho e critiquei-me sem ninguém me dizer nada, porque de tanta vida que já tive de ver como é que a mulher é tratada, por usar aquela roupa, ou por dizer isto ou aquilo, eu própria me castrei e não me permiti ser aquilo que eu podia ser. E então olha, fico mesmo feliz que me digas isso.

Já agora e porque levaste a conversa para este tema (já volto ao A Colors Show, porque também quero saber como é que foi a experiência), mas de facto acho que nunca se falou tanto, como hoje dia, do que é que significa ser-se mulher, algo que está também muito presente em toda a tua discografia, e em particular nesta música, “Louca”, que estavas agora a falar. Pergunto-te: como é que tu vês todas estas questões de identidade e o que é para ti ser-se mulher em 2021?

Olha, para mim a questão do género… [suspiro] é um assunto que me incomoda bastante, porque eu acho que nós somos pessoas, ponto. Nós somos pessoas e somos todos iguais. Olha isto que aconteceu com o COVID veio provar exactamente isso, nós somos todos iguais, não interessa se és mais baixinho, se és mais alto, se és branco, se és preto, se és amarelo, se és verde, se és vermelho, se és roxo, nós somos todos iguais. Agora acontece que eu nasci mulher e, como nasci mulher, eu sofri e continuo a sofrer de muitas coisas que todas nós sofremos durante a nossa vida. Portanto, quando eu penso na questão do género, para mim há sempre a questão da igualdade, mas eu não me consigo esquecer que enquanto mulher, porque nasci com uma pombinha e com umas mamocas mais salientes, eu tenho constantemente, desde que me lembro de ser pessoa, de estar sempre a ter que provar tudo e mais alguma coisa. E quando olho para o lado vejo que isso não é uma questão que acontece só comigo, acontece com todas as mulheres e existe uma mentira que eu vejo muitas vezes ser repetida nos últimos tempos, que é “ah, mas as coisas estão muito diferentes…”, não estão não, não estão. As coisas estão diferentes na cidade grande, por exemplo. Eu vivo em Lisboa e há conversas e há coisas que se debatem sobre a questão de género, e há muita gente que debate e que põe em causa, e que faz por mudar coisas, e que vai mudando coisinhas pequenas, mas essa realidade é uma realidade muito pequena se olharmos para o mundo inteiro. Há países onde as mulheres continuam a não ter direitos nenhuns. No nosso país ainda há muitos lugares onde as mulheres não têm direito “a”, não têm direito a ser, e isso é uma coisa que me incomoda muito. E sinto que, já que eu tenho uma voz mais presente, quer dizer, a minha vizinha aqui do supermercado não aparece na televisão a falar, não dá entrevistas, não é? Mas eu dou e já que tenho essa vantagem posso utilizar a minha voz para falar sobre o problema da minha vizinha do supermercado, e se eu conseguir com que uma pessoa mude um pouquinho o seu pensamento, já sinto a missão um bocadinho cumprida. Porque, de facto, nós mulheres precisamos mesmo muito de batalhar todos os dias para que se mudem muitas formas de pensar, muitas formas de agir, muitas vezes até nós próprias, que às vezes ‘tá tão enraizada esta sociedade patriarcal em que nascemos, o discurso, as coisas que se fazem, as acções… estão tão enraizadas, que muitas vezes até nós mulheres dizemos coisas que não nos são abonatórias. Eu própria dou por mim, às vezes, a ter essas situações comigo. E é importante que nos policiemos e que quem tem voz possa usá-la um bocadinho para tentar mudar as coisas.



Concordo em absoluto e, pela minha parte, obrigada por fazeres isso por todas nós. Voltando agora à minha pergunta inicial, o A Colors Show, como é que surgiu o convite e como é que foi toda a experiência?

Opá, foi incrível! [risos] Foi incrível. Eu sigo esta plataforma já há muitos anos e sempre me fascinaram duas coisas, uma é o gosto pela música, porque para mim é muito claro que é uma plataforma em que para eles o que interessa é a música. Senão não teriam aquela coisa tão minimalista como têm, aquilo é a música, ponto. E depois é o lado estético deles que eu acho sempre muito incrível, que é, dentro do minimalista, terem um nível estético muito alto, muito bem feito e muito bem conseguido. E então sempre achei, “epá, eu adorava fazer isto, mas será que consigo?”, até que um dia, olha, ‘tava a almoçar e recebi um e-mail com o convite e até pensei, “mas isto é a sério? [risos] ou será que é um daqueles e-mails da tanga?”. Depois foi marcar a data para ir lá, fui e depois tive que guardar aí uns quatro ou cinco meses segredo, em que não podia dizer a ninguém, e aquilo ‘tava-me a comer por dentro anos de vida, porque que eu queria contar. [Risos] Mas quando finalmente pude contar fiquei muito feliz com a reacção das pessoas e com a oportunidade, porque nós somos um país tão pequenino, e eu sinto-me sempre super orgulhosa quando vou fazer um concerto lá fora, ou quando vou fazer uma coisa destas, sinto sempre que não sou só eu que ‘tou ali, somos nós todos, tu ‘tás ali comigo também, percebes? Porque nós precisamos de palco e temos coisas tão boas cá, temos música tão boa, temos cantores, músicos e compositores incríveis, escritores incríveis, só que precisamos de ter espaço. Quando me convidaram para fazer isto, eu ‘tava tipo “ok, eu vou cantar em português, disso não há dúvida nenhuma! Eu vou lá, vou cantar em português, não vou fazer nada diferente”. Foi super fixe.

E como é que tem sido o feedback? Acredito que para muita gente terá sido talvez o primeiro contacto com o fado e com a tua música.

É super fixe receber mensagens de pessoas… olha da Rússia, da Nova Zelândia, de tantos países longe daqui, a dizer “olá, olha, eu não percebo uma palavra de português mas obrigada porque fez-me sentir coisas que eu não sabia que podia sentir” e isto é incrível. E depois eu mando sempre a tradução da letra para as pessoas perceberem aquilo que estou a dizer, e é muito gratificante. Se há momentos [de dúvida] — e durante este período agora com a pandemia, acredita que houve muitos momentos de questionamento da minha parte, de pensar, “será que eu ainda quero fazer isto? Será que ainda vale a pena?” –, acredita que basta uma destas mensagens para sentir: “não, vale a pena, eu ainda quero isto, ainda amo fazer isto”.

Essa dúvida continua sempre presente?

Continua, ‘tá sempre presente. Há uma música do José Mário Branco [“Inquietação”] que é aquela “cá dentro inquietação, inquietação…” [canta], essa música sou eu [risos]. Eu sou uma pessoa muito inquieta, sempre fui e acho que nunca me conheci de outra forma. Agora com isto tudo que aconteceu, de repente não haver concertos, não haver perspectiva de concertos, não saber se vamos fazer um concerto ou se vamos fazer 10, ou 100, todo este sector foi muito arrasado e continua muito arrasado, porque é um sector que não pode fazer takeaway, não é? Não pode trabalhar a partir de casa, porque vamos ser muito honestos, estas coisas dos lives e não sei quê, isso é uma brincadeira, não é? Não é digno o suficiente. Eu tenho amigos actores que fazem peças de teatro e que de repente ‘tarem a fazer isso por um live, quer dizer… é uma brincadeira, não é? E, portanto, é claro que esse questionamento não é uma coisa que me atravessa só a mim, eu acredito e sei, com toda a certeza de muitas pessoas que conheço, que essa questão é uma questão ainda muito presente em muitas pessoas deste sector.

Tu tens mil coisas a acontecer, para além do tudo aquilo que já falámos, lançaste também na passada semana um novo disco, Mirrors, em conjunto com o Justin Stanton, a Becca Stevens, o Louis Cato e o Michael League. Fala-nos dessa experiência, imagino que tenha sido diferente de tudo o que já tenhas feito até hoje?

Foi muito diferente. Primeiro, logo à cabeça, pela proposta a que estávamos atirados, que era escrever e compor em conjunto. Eu nunca tinha feito uma coisa dessas. Eu gravei  neste disco, lá está, pela primeira vez, duas coisas minhas, portanto era uma novidade total. E foi muito, muito, muito incrível, a todos os níveis, trabalhar com estas pessoas, criar com estas pessoas de raiz, foi mesmo muito incrível. A troca que existe quando se compõe ou se escreve em conjunto é desarmante, porque, de repente, aquilo que eu ‘tava a dizer há bocado, que é esta questão das emoções e dos sentimentos, que todos sentimos da mesma forma, é super interessante começar a construir uma música ou um poema com outra pessoa, e os dois estarem a falar da mesma emoção ou do mesmo sentimento, tendo bagagens diferentes. Eu tenho a minha própria história, e cada um tem a sua história individual, então foi super fixe estarmos ali fechados durante uns dias a trocar ideias sobre a vida, porque na verdade quando se está a escrever letras, poemas e a compor músicas, está-se a falar e a trocar ideias sobre o que é a vida, sobre o que é isto de andar aqui a viver, como é que se sente isto, como é que se sente aquilo, como é que se sente a saudade, o ciúme, a traição, o amor, a tristeza, e é muito interessante perceber os caminhos das pessoas e de repente ver isso traduzido numa música. Então, foi mesmo muito fixe.

E às vezes pode ser até difícil conciliar diferentes visões artísticas, mas parece, então, que foi um processo muito orgânico o vosso?

Ai foi, super! E foi muito bonito perceber que para todas estas pessoas é pela música, não é por elas, percebes? Não é por “ei, fui eu que fiz esta parte, atenção”, não, é pela música. Havia situações de se estar a ouvir uma música e a própria pessoa que fez ali uma parte dizer, “epá, olha acho que isto que eu fiz aqui é um bocado demais na música”, ou seja, esta beleza de servir a música e de servir o poema não é uma coisa fácil, parece fácil mas não é, porque eu acho que nós, diariamente, estamos sempre em luta constante com o nosso ego, não é? E conseguir ter essa oferta das pessoas que estão ali a trabalhar e a pôr um bocadinho de si, ter a capacidade de dizer “não, isto se calhar não”, foi muito bonito e enternecedor ver isso acontecer. É pela música, foi só e apenas pela música. Imagina, de repente tenho o Louis, que é americano, quando ‘tavamos a gravar o “The Call”, eu disse “era fixe tu cantares aqui um bocadinho em português” e ele “eu não falo nada de português, mas eu quero”, e pela música ele fez isso, podia dizer, “epá, tenho vergonha, eu não falo bem português, o meu sotaque e não sei o quê”, mas não, aquilo fazia sentido ali, então ‘bora fazer. 

E também foi giro ouvir-te assim num registo mais diferente. Gostavas de explorar mais coisas assim no futuro?

Eu experimento muitas coisas diferentes, olha ainda hoje [a entrevista aconteceu no dia 18 de Novembro] saiu o meu vídeo no Confessions da Mega Hits, e já fiz um concerto com músicas de Natal só a cantar músicas do cancioneiro americano. Eu canto muita coisa, não estou e espero nunca estar presa a uma caixinha, a um género. Eu gosto de cantar, e se gosto da música e eu quero cantá-la, ponto.  

E há planos para levar este Mirrors aos palcos? Que outras coisas tens planeadas para os próximos tempos?

Epá, para já, é juntar as mãozinhas a pedir para que hajam concertos, que as salas não fechem, que as coisas não sejam canceladas. E agora quero fazer música nova, tenho algumas coisas para pôr cá fora também. Tenho um programa novo na RTP2 todos os sábados ao final da tarde ainda por mais umas três ou quatro semanas. Tenho música para fazer, lá está, tenho muita coisa a acontecer. [Risos]


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