A um par de meses de rumar a Paris, onde irá mergulhar no fascinante universo da Red Bull Music Academy, Ghost Wavvves continua a debitar trabalhos que são o resultado da sua peculiar visão da electrónica, cruzando fronteiras entre géneros e continuando uma incessante busca por inspiração no terreno fértil da anime e dos jogos de computador. Para contextualizar este novo EP, Apathy, disparámos quatro perguntas breves. As respostas funcionam como guia para a audição:
Fala-nos deste novo EP: o que representa no conjunto do teu trabalho, que direcções estás a seguir?
Ando sempre a tentar fazer coisas diferentes do que fiz anteriormente: explorar outros mundos, fazer coisas que para mim façam sentido. Este EP faz, ou fez, sentido, pelo menos na altura que o produzi. Talvez a diferença esteja na release, desta vez pela AVNL Records. Uso a minha música como forma de expressão e portanto este EP é uma demonstração da mesma, terá que falar por si. Não sigo nenhuma direcção específica, vou fazendo o que gosto e da maneira que me apetece.
Preparas-te para ir até Paris para a Red Bull Music Academy. Como é que vais enfrentar essa missão?
Estou consciente daquilo que me espera, mas acho que é daquelas coisas que não posso fazer uma grande preparação antes do tempo. É chegar e enfrentar os desafios que me forem colocados.
Já muitos nomes grandes passaram pela RBMA como participantes. Alguns exemplos que sejam particularmente inspiradores para ti?
Flying Lotus, Samiyam, Ta-ku e Tokimonsta são, sem dúvida, artistas com os quais me identifico e que já passaram pela RBMA.
A música electrónica atravessa um momento vibrante: que discos ou produtores te fazem dizer “f***-se”!!?
Muitos deles fazem-me dizer “f***-se!”. Neste momento há tanta qualidade e quantidade que é só estares atento. Desde produtores que eu sigo diariamente a pequenas viagens pelo SoundCloud, encontro coisas extraordinárias todos os dias. Cá dentro e lá fora.