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Foi ontem (25 de Novembro) editado II, o segundo álbum da dupla portuense Gaztween, composta pelos produtores Miguel Tenreiro (aka Gazpa) e Tito Romão (aka Arctween), pela editora Jazzego.
O trabalho consolida a proposta do par de uma electrónica downtempo e em tons jazzísticos, perfeita para audições nocturnas, dando continuidade ao que já tinham feito em I (2021), mas revelando uma faceta mais focada na descoberta de novas possibilidades sonoras do que no polimento estéril. Conceptualmente, o disco navega por temas de inteligência artificial e pela “ligação íntima entre humanos e robôs”, conforme explica um comunicado enviado ao Rimas e Batidas.
A sensação que mais prevalece ao longo das faixas é a de uma deriva meditativa, onde paisagens electrónicas, texturadas e deliberadamente lentas são pontuadas por toques de instrumentação acústica. Flautas e violoncelos juntam-se ao arsenal digital de Gaztween, com o tema “Egydio” a marcar a primeira vez que estes dois elementos orgânicos são gravados e integrados numa mesma composição da dupla, ainda que filtrados pela lente clínica daquele que é o seu habitual processamento electrónico. O leque de influências é bem diverso e vai desde os arranjos orquestrais da música brasileira dos anos 70 às experiências vanguardistas do explorador californiano Sam Gendel.
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