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Fotografia: Fabrice Bourgelle
Publicado a: 14/10/2025

Sem atalhos.

Ganavya: “Eu não estou aqui para tentar fazer músicas de 30 segundos”

Fotografia: Fabrice Bourgelle
Publicado a: 14/10/2025

Esta entrevista com Ganavya decorreu através de uma ligação vídeo. Logo nos primeiros minutos, percebeu-se uma artista comunicativa e generosa, capaz de transformar até as hesitações em matéria de reflexão. Falou com franqueza sobre o cansaço de uma vida em digressão — mais de cem concertos por ano —, sobre a distância da família e a necessidade de encontrar equilíbrio num mundo acelerado. Mas também falou com ternura: da comunidade que a sustém, dos amigos e músicos que a acompanham, da recusa em encarar a música como um produto transacional. “Não importa quanto se paga por um bilhete: nunca se possui um artista”, disse, sublinhando que os seus concertos são, antes de tudo, um espaço de partilha.

Filha de emigrantes indianos, nascida em Nova Iorque e criada também em Tamil Nadu, Ganavya cresceu entre cantos devocionais e linguagens contemporâneas. Estudou no Berklee College of Music e no Harvard Divinity School, colaborou com Esperanza Spalding, Vijay Iyer, Shabaka Hutchings e SAULT, e foi destacada pelo The Guardian como uma das artistas mais singulares da sua geração, capaz de “acrobacias vocais profundamente emocionantes”.

Na discografia, a amplitude do seu gesto artístico é evidente: Daughter of a Temple (2024) reuniu dezenas de músicos num registo de caráter quase litúrgico, onde espiritualidade e improvisação se encontram. Em Nilam (2025), o mais recente álbum, Ganavya assume todas as composições e a produção, em colaboração com Nils Frahm e gravado no Funkhaus, em Berlim. Cantado em inglês, tâmil e dialetos antigos, o disco é um trabalho de cruzamentos: íntimo e cósmico, ancestral e actual, o álbum é marcado também pela presença de Jay Verma no piano, de Charles Overton na harpa ou Max Ridley no baixo, entre outros colaboradores regulares.

No recente concerto do Barbican, em Londres, Ganavya transformou o palco num microcosmo de relações: harpistas, contrabaixistas, um coro comunitário, Emmanuel Wilkins, Alfa Mist, Sam Amidon, Jahnavi Harrison — e até os seus próprios pais. Para Ganavya, cada convidado é parte do que ela é; ela garante que a música, aqui, não se fecha num “eu”, mas abre-se a um “nós”.

É com esse espírito que Ganavya agora chega a Portugal. Nos concertos no Porto, na Casa da Música, já amanhã, e em Lisboa, no B.Leza, no dia seguinte, Ganavya não promete um espectáculo breve nem certezas fáceis. O que oferece é tempo: canções que se estendem como mantras, histórias que se abrem em silêncio e intensidade, uma voz que acolhe e encanta. E para tanto é necessário parar, escutar e habitar um espaço onde a música é menos um entretenimento e mais um ritual de presença. 



O plano inicial era fazer esta entrevista antes da sua actuação no Barbican e eu até tinha algumas perguntas para lhe colocar sobre como seria o espectáculo. Dado que esse concerto já decorreu, eu gostava que me dissesse como foi. Sei que teve vários convidados especiais no palco.

Acho que correu bem. Na verdade, eu não sei… Não sei se correu bem ou não. Eu nunca sei. Mas deixe-me dar-lhe a resposta mais honesta e verdadeira. Sinto que há um medo de algo quando faço entrevistas. E que medo é esse? Um medo de gastar tempo a alguém? É um medo de dizer algo que pode estar errado e que se vai tornar permanente nessa entrevista? Eu não sei que medo é. E como é que esse espectáculo realmente correu? Eu acho que nem entendo a maior parte da minha vida. O que eu quero dizer com isto é que estou estou a receber muita gentileza, muito amor, muita graça. Quando eu era mais jovem, houve dias em que eu conheci a fome, mas como adulta eu não tive que passar por isso. Eu acho que há muitos músicos que dão o seu coração e a sua alma em todo o seu trabalho. E não é sempre evidente quem são as pessoas que conseguem continuar a fazer isso. Desculpe, eu tenho 34 anos e a minha primeira viagem foi quando eu tinha 12 anos, então isso significa que eu estive sempre em viagem ao longo de 22 anos. Fiz muitas coisas especiais nesse tempo, mas estou a chegar a um período em que mais e mais dos meus amigos, que já eram músicos quando eu era mais jovem, estão a desistir. Eles não conseguem mais ser músicos por causa das circunstâncias da vida. Estou a ver muitos amigos desistirem porque estão mentalmente desgastados. Estou a ver muitos amigos desistirem porque esta vida não lhes permite ter aquele suporte que necessitam. Também estou a ver amigos que estão largar a música porque a velocidade do sucesso lhes trouxe um peso muito grande. E, no entanto, entre toda essa estranheza, eu tenho um concerto no Barbican, que por um lado significa muito, por outro não significa nada. Esse era, objectivamente, é o tipo de espectáculo em que eu podia trazer muitos convidados. Eles têm a infraestrutura. Quando chegarmos ao final deste ano, eu já terei realizado mais de 100 actuações e eu não consigo ver muitas vezes a minha família entre todas essas datas. Basicamente, usámos a data no Barbican como uma oportunidade para eu ver algumas pessoas que eu amo muito, mas que eu, de outra forma, não consigo ver, porque ando em digressão. Recebi muitas mensagens de pessoas irritadas com o show do Barbican, que disseram que não apreciaram o que eu aparentemente anunciei ao microfone depois da segunda música… Desculpe-me, pois estou um pouco cansada. Eu tenho mais de 100 datas este ano, a minha perna esquerda está muito dorida, porque recentemente descobri que tenho um tendão morto, depois é o facto de quase não conseguir ver a minha família… Nós recebemos muitas mensagens de pessoas que vieram ao Barbican a dizer: “Nós pagámos para vê-la actuar, não para a ouvir reclamar.” Isso até que me fez sorrir, porque de onde eu venho a música nunca é algo transacional. Não importa quanto dinheiro você deu a alguém, pois você não os possui. As pessoas estão a pagar para a infraestrutura existir e não há dinheiro nenhum no mundo que lhes permita ter mais do que isso. Então, se alguém deu 15 dólares por um bilhete, eu não lhe vou dar um show pior do que a alguém que pagou 75 dólares. Fazer isso seria um disparate total. Houve pessoas que me exigiram isso. Depois houve também aquelas que disseram: “Eu paguei para a ver a si, não para ver os seus convidados.” Então eu tive de responder que eu sou quem eu sou por causa dessas pessoas que estiveram comigo no palco. Todas as pessoas que estiveram naquele palco são alguém com quem eu já contei quando precisei de falar sobre algo.

Pode dar-me exemplos de quem são essas pessoas que se juntaram a si?

A primeira pessoa a juntar-se à minha apresentação foi… Bem, as primeiras pessoas foram as que integram a banda principal. Há dois harpistas, o Charles Overton e a Miriam Adefris. Há o Max Ridley, que tocou contrabaixo e já toca comigo desde o meu primeiro concerto fora da Índia — foi em Espanha, no Jimmy Glass Jazz. Tive o Jay Verma no piano. Eu, o Charles e o Max andámos em digressão há 8 anos. O Charles é muito disciplinado e foi com ele que eu aprendi a ser uma artista mais organizada e disciplinada, que é uma habilidade que você precisa para sobreviver a esta vida. Eu aprendi com a humildade do Max, porque a maioria dos contrabaixista não estão no centro das atenções, mas ainda assim eles escolhem esse trabalho. A Miriam vem do mundo clássico. Ela é gentil e disciplinada. Eu sobrevivi à digressão na Austrália por causa dela. E o Jay Verma é muito jovem, mas muito focado. Eu aprendo muito sobre dignidade e integridade com o Jay. É muito frequente eu falar com eles todos sempre que me ocorre algo. O primeiro convidado a juntar-se a nós nesse palco foi o saxofonista Emmanuel Wilkins. Eu gosto muito do Emmanuel e ele esteve lá muitas vezes para mim. Depois havia o coro Love Supreme, que foi fundado pela Love Supreme Projects, que é um espaço em Londres onde eu toquei muitas vezes. Nós tivemos lá um show que esgotou em 10 segundos. Então eles adicionaram um segundo concerto e ele esgotou de novo em 10 segundos. Eles adicionaram uma terceira data e voltou a esgotar em 10 segundos. O cenário era de loucos. Eles ainda perguntaram se eu queria alinhar num quarto espectáculo e eu disse que sim. Eles estão na minha vida desde então e nós convidamos 15 pessoas daquela comunidade para vir cantar no Barbican. Depois veio Sam Amidon, que é como um irmão mais velho. Nós cantámos duas músicas juntos. Depois veio a Manizé, que é a espinha dorsal do Love Supreme. Posso dizer que dependo da Manizé da mesma maneira que eu dependo de uma irmã mais velha. E o que eu quero dizer com isso é que quando ela estava a fazer a performance no Barbican, eu olhei para ela e ela entendeu que o meu pé estava com muitas dores. Então, da mesma maneira que você pediria a uma irmã para cuidar de si, ela começou a cantar por mim e deu-me cinco minutos de conforto. Eu sou sempre aquela de quem se espera que preencha os silêncios. Eu acho que é uma dádiva poder ter uma irmã que entra e canta por si. Eu só fiquei no chão. Houve ainda a Jahnavi Harrison, com quem eu já falei muitas vezes sobre várias coisas — coisas pelas quais todos passamos, como por exemplo, se eu não sou já demasiado velha para ter filhos ou se esta vida de digressões vai destruir o meu corpo [risos]. Depois dela veio a Sarah Niles, que é alguém que conheci recentemente porque ela estava a assistir aos espectáculos do Love Supreme. Eu não sei se a Sarah vai gostar muito de me ver a dizer isto, mas eu amei a série em que ela participou — Ted Lasso.

Essa série é incrível.

Sim, ela é a actriz que faz de terapeuta. E depois disso, o último convidado foi o Alfa Mist, que é um pianista que… Nós trabalhamos com o mesmo publisher e temos muitos amigos em comum. Na verdade, até estamos a querer fazer música juntos. Nós tocámos uma música juntos.

Consigo imaginar que, com todas essas pessoas ao seu redor, a energia deve ter sido óptima.

Para mim foi bom. Acho que muitas pessoas ficaram furiosas porque pagaram para me ver a mim. Honestamente — e digo isso com todo o amor que eu tenho — eu estou-me a cagar para isso [risos].

E acho que faz muito bem.

Estou mesmo! E geralmente eu não vou ao Instagram dizer nada, mas desta vez eu fui quando estava a voar de Londres para Nova Iorque porque… Oh, e os meus pais! Os meus pais cantaram no espectáculo. Houve uma resenha que, na verdade, até foi bastante gentil a escrever sobre o show. Ele deu uma avaliação de 4 em 5, mas a razão pela qual não foi perfeito foi porque eu quebrei uma certa magia quando convidei os meus para virem ao palco. De acordo com essa reportagem, os meus pais não eram grandes cantores. E eles também disseram algumas coisas sobre a Jahnavi e a Manizé, sobre como elas soavam melhor quando eu estava a cantar com elas. Enfim. A coisa é que eu venho de uma tradição em que os concertos de três horas são muito comuns. Fazer caber todas essas pessoas em duas horas, na verdade, requer um certo esforço e dedicação. É claro que eu poderia ter feito tudo em uma hora e quarenta e cinco minutos, mas eu não estava com pressa. Se alguém precisa de ir embora, que vá. Estas são as três horas que tenho para passar tempo com meus amigos, que eu não vou ver de novo por muito tempo. Também entendo que as pessoas precisam de ir para casa e estar com suas famílias… Eu tenho bebido imenso café para sobreviver a isto tudo e talvez seja porque tenho tanto café no meu sistema que há mais combustível para me deixar incomodada. Mas a minha posição é esta: eu não gosto do que está a acontecer com as nossas capacidades de atenção. Eu não sei o que é certo para o público ou não, mas sei que encurtar as coisas não é bom para mim. Eu não estou aqui para tentar fazer músicas de 30 segundos. O site do Barbican dizia que o espectáculo teria duas horas, mas muitas pessoas parecem ter ficado assustadas com isso.

Eu não entendo isso, realmente. Há alguns anos atrás eu estive no Barbican para o Darbar Festival e os concertos duravam horas e horas. Eu acho isso incrível. Mas creio que as pessoas se preocupam com o preço que pagam porque sentem que têm que atribuir o valor a algo palpável. “Estes novos ténis que eu comprei por 100 euros valem a pena ou não?” E acho que com a arte deve ser diferente, porque é sobre uma experiência e nós devemos ficar gratos por receber o que o artista quiser nos dar. E se ele quiser ser honesto e nos dizer sobre sua condição física, bem, deveríamos tentar entender isso.

Sim, mas é o que é. A razão pela qual eu preciso de ser branda sobre estes assuntos é que eu acho que a certeza ideológica tem sido parte do problema agora. Talvez sempre tenha sido parte do problema, mas agora temos a tecnologia para que isso se espalhe em graus alarmantes. Há oito anos atrás, eu estava com o Peter Sellers, que é encenador, e estávamos a criar uma peça chamada “Capítulo 7: A Deusa”, que vem da Vimalakirti Sutra. O Peter lecciona uma cadeira na UCLA onde 300 a 400 alunos vão assistir e a maioria dessas pessoas vai porque o Peter anuncia no começo das aula que todos vão ter um A. Então toda a gente se inscreve, mas apenas porque pensam que vai ser uma coisa fácil. Eles vão à primeira aula e depois continuam a frequentar, porque ele continua a falar sobre amor. Quando eu lá estive pela primeira vez com ele para criar essa peça, eu entrei nessa aula. Havia lá um aluno que parecia um pouco mais velho e acontece que ele iniciou essas aulas do Peter há 10 anos e mesmo assim ainda continuava a ir, porque a aula mudou a sua vida. Ele é um chefe em Los Angeles, o seu nome é Sian e ele é meu amigo. E o Sian voou para Houston anos depois para cozinhar para todos nós quando gravámos o Daughter of a Temple. Ele deu-me esta pedra que ele apanhou e que tem um buraco — é chamada pedra de serpente. É um tipo de pedra que, durante centenas de anos, talvez até mais, tem a água a tentar atravessá-la e acaba por criar um buraco nela. Você deve transportá-la para o proteger, porque o mal gosta de coisas grandes, não quer coisas pequenas, então se você carregar algo que só pode ser atravessado através de um pequeno buraco, o mal não pode alcançá-lo, porque não está interessado em nada pequeno. Voltando à questão das capacidades de atenção, o que me entristece é que eles estão a tentar encaixar um ritual em 30 segundos. Não é a durabilidade reduzida que me assusta, é a grandeza do que se está a tentar encaixar na pequena durabilidade. Faz a coisa parecer inútil. E eu preferia morrer do que fazer isso. Prefiro morrer feliz a viver a minha vida pequena e lenta.

E não está sozinha nisso. Temos visto surgir um novo movimento que nem se restringe apenas ao campo das artes. Comida lenta, arte lenta, jornalismo lento… As pessoas estão a aprender que elas precisam de investir tempo em qualquer coisa que seja importante para elas.

Sim e não, porque a lógica do rápido é que viaja mais rápido do que a lógica do lento. E esse problema estende-se ao amor e à amizade também, eu acho. É muito mais fácil estar zangado com algo do que o inverso. O tempo da raiva é mais fácil de operar do que o tempo do amor. Isto para dizer que eu não sei quanto tempo tenho mais para continuar a fazer digressões, porque eu não me sinto intoxicada por… Eu amo noites longas e quietas com a minha família, o que é praticamente impossível, porque a maioria da minha família é indiana e eles falam muito [risos]. Mas eu amo dias longos e quietos, eu amo ficar longe do meu telefone, eu amo ser capaz de cozinhar e comer muito devagar. Todas essas coisas não são sustentáveis quando se anda em viagem. Eu saí para as montanhas e vivi lá por dois anos, onde não vi ninguém por meses. Porque todas as vezes que se está ao redor de outras pessoas, você sente tudo o que elas sentem. Se está num avião cheio, o seu sistema nervoso está a sentir tudo o que elas sentem. Eu não sei se alguém como eu foi feito para fazer digressões, mas a força da vida está a levar-me em frente por agora.

O que faz num dia longo e tranquilo? Pega num livro, ouve música ou fica só a olhar pela janela?

Eu pego em sweaters antigas e costuro-lhes coisas para depois dar aos meus amigos. Também escrevo frequentemente e depois deito fora esses textos — ou melhor, as pessoas acabam por nunca ter oportunidade de os ler. Também canto.

Só para si mesma?

Sim, sim. A cem por cento. Eu não ensaio nem faço aquecimento para os meus espectáculos. Apenas apareço, canto e saio. Não pratico música há quatro anos, porque o ritmo da vida… Bem, um espectáculo também é uma forma de praticar, basicamente. Mas o que quero dizer é que já não me sento e revejo exercícios ou algo assim há muitos anos. Entre os meus 7 e 14 anos, eu praticava todos os dias pelo menos por 2 horas de manhã e depois mais outras 2 horas à noite, às vezes até mais do que isso. Fazia-o porque era criança e seguia as instruções que me eram dadas. Quando eu fui para as montanhas e estive lá a morar, eu cantava entre 6 a 8 horas por dia, constantemente. Portanto, eu sou uma dependente em recuperação. O que eu quero dizer com isso é que eu estou sóbria há quatro anos e é parte da minha personalidade fazer as coisas em extremos. Mas estar a praticar por oito horas por dia por dois anos e desaparecer, não ver ninguém, e de repente aparecer e viajar, voltar a desaparecer… Isso não é uma solução a longo prazo. Eu tenho que encontrar uma maneira de balançar as coisas, só ainda não o consegui, pois sou viciada. E eu preciso desse balanço para sobreviver. Você tem que aprender a ser menos sensível, não pode perguntar a cada criança que está a chorar se ela está bem. Você tem que aprender a fechar-se, mas parece uma coisa tão cruel ter que cortar as veias que te conectam com outra pessoa… Só que não podemos apenas sobreviver, então não sei… Não são respostas muito úteis… 

Esta será que será a primeira vez que vem a Portugal?

Não. Eu e o meu marido visitamos Portugal bastante frequentemente. Nós estamos até a pensar mudar-nos para aí em algum momento no próximo ano ou dois.

Oh, a sério?

Sim.

Você estava a falar-me sobre aquela pedra com um buraco no meio e nós temos até um ditado muito popular sobre isso que eu vou tentar traduzir. Cá costumamos dizer que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.” Significa que a água suave contra a pedra dura acaba por conseguir passar por ela um dia. Nós usamos isso para explicar que as coisas boas demoram o seu tempo.

É muito interessante!


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