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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 19/01/2022

Caos lúdico-didáctico.

Gadutra lança álbum de estreia pela Troublemaker Records este fim-de-semana

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 19/01/2022

É já no dia 22 de Janeiro que Gadutra apresenta o seu primeiro longa-duração, lagarta, um lançamento com o selo da Troublemaker Records. Com a participação de Tita Maravilha, “Caosa”, que ficou disponível no passado sábado, é o primeiro avanço do disco.

Do Rio de Janeiro, Gadutra está desde 2017 em terras portuguesas a desdobrar-se em diferentes tarefas artísticas, desde a ilustração à música, passando pelas tatuagens. No entanto, a segunda é a que mais nos interessa aqui e, apesar de só agora chegar a sua estreia no formato álbum, há trabalho anterior para mostrar: a produção da faixa de introdução do EP de EVAYA ou, por exemplo, a remistura de “Which Way Is The Wind“, tema do segundo álbum de Knok Knok (projecto de Armando Teixeira e Duarte Cabaça). E tem, ainda, Rezgate, dupla com Rezm Orah. Ou um programa na Rádio Quântica.

A autora de INTENÇÃO está na lista de participações de lagarta, tal como a já mencionada Tita Maravilha, fechando-se o grupo com polivalente e Tom Maciel (Cíntia, As Docinhas e whosputo). E o que podemos esperar em termos sónicos? “Uma viagem introspetiva e transformadora pelo ambient, noise, musique concrète”.

Em entrevista dada à PARQ magazine, falando sobre o processo de construção do álbum, revelava:

“Eu adoro produzir músicas, mas descobri que odeio fazer isso num computador. Nunca parei no Ableton ou Logic para produzir uma faixa inteira, acho chato, pouco intuitivo. Tenho uma groovebox que é uma drum machine, sintetizador, sequenciador e controladora, numa máquina só. Consigo produzir e tocar nela. É um processo analógico, duro, de hardware, como um instrumento mesmo. Eu gosto disso, as limitações me ajudam a organizar melhor o que criar. Também tenho um Volca Keys, um outro sintetizador.

Mas todas as músicas do álbum foram feitas em um iPad. Gosto da interatividade do tato, da mão. É quase um processo gráfico também, visual. Por exemplo, quando vejo amigas produzindo no Ableton, fico até meio confusa. Eu sei usar, mas meu processo de criação não é por barrinhas amarelas, essa inteligência de produção digital eu quase não tenho.”


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