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Publicado a: 15/07/2017

Future no SBSR: Murmúrios que não chegam ao céu

Publicado a: 15/07/2017

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTOS] Hélder White

Imagens de erro nos ecrãs na entrada de Future na sala principal do festival no Parque das Nações. Um aviso para o que viria a seguir? O universo digital é a “casa” do MC de Atlanta e a transposição para o formato live – com DJ/ hype man invisível, apenas acompanhado por bailarinos – ainda é insípida para a exigência que se pede a um cabeça de cartaz de um certame deste género.

As perguntas foram surgindo durante a actuação: a forma como Future se apresenta é válida para um festival desta dimensão? De que forma é que se afasta dos DJs de EDM que chegam, carregam no play e atiram à multidão pedaços de gratificação instantânea? É este o futuro do concerto? Saímos com poucas respostas e muitas dúvidas. Se o espectáculo vale pela presença do artista e não pelo que ele consegue dar ao vivo, a verdadeira valia é nula.

 


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O alinhamento foi longo e não faltaram hits incontornáveis, misturando sons originais com temas em que é convidado. “Jumpman”, “Bugatti”, “Low Life”, “Move That Dope” – Pusha T também tocou esse tema no seu concerto – , “New Level”, “Comin Out Strong”, “F*ck Up Some Commas” e “Mask Off” foram os temas mais celebrados, mas até esses soaram deslocados naquela grande sala. A celeridade e a necessidade de nunca sair da loucura levaram a que encurtasse certos temas, outro apontamento curioso que nos aproxima novamente da tal ideia sobre o DJ. Vivemos num universo bastante diferente, não haja dúvida., e o mumble rap – a tal conotação negativa ligada ao rapper – não resultou, tornando-se numa actuação de uma hora que mais parecia um murmúrio colectivo. Imperceptível e a perder totalmente o impacto narcotizante e melódico que encontramos nas versões de estúdio.

Passaram algumas horas desde o concerto de Future e ainda é difícil entender o que se passou no MEO Arena. O futuro passa por aqui, mas é preocupante que as performances ao vivo estejam cada vez mais a aproximarem-se de ecrãs gigantes com vida.

 


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