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O Boiler Room lançou um novo serviço de streaming no passado mês de Maio. Rotulada como a “Netflix do underground”, a 4:3 estreou-se com Fleshback: Queer Raving In Manchester’s Twilight Zone, o seu primeiro conteúdo original.
Ao contrário da “Netflix do mainstream”, esta nova plataforma opera sem qualquer custo associado para os seus utilizadores (4:3 lê-se “for free“) e “explora temáticas à volta da performance, identidade, cultura juvenil e anti-estabelecimento”. À distância de um par de cliques — o registo na 4:3 é obrigatório para ter acesso aos conteúdos — podemos encontrar uma grande diversidade de obras audiovisuais que são escolhidas a dedo por personalidades do mundo das artes como Elijah Wood, Ryuichi Sakamoto, Peaches ou Jenn Nkiru.
Depois de oferecer alojamento digital a documentários como Electro Chaabi: Music From The Slums of Cairo, Gil Scott Heron: Black Wax ou Prince: Slave Trade, a 4:3 apresentou o episódio de estreia de Fleshback: Queer Raving In Manchester’s Twilight Zone. Há uma semana, o Boiler Room disponibilizou a versão completa deste minidoc. Com produção de Anaïs Brémond e realização de Stephen Isaac Wilson, a curta-metragem foi lançada numa data marcante: há 30 anos, o governo de Margaret Thatcher criava uma legislação homofóbica que serviria de combustível para a galvanização da comunidade LGBT em terras de Sua Majestade.
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