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Texto: ReB Team
Fotografia: Arquivo Histórico Municipal de Almada
Publicado a: 08/10/2024

Para visitar entre 26 de Outubro e 29 de Março.

Filhos do Meio – Hip Hop à Margem: vem aí uma exposição sobre a cultura hip hop em Almada e arredores

Texto: ReB Team
Fotografia: Arquivo Histórico Municipal de Almada
Publicado a: 08/10/2024

Filhos do Meio – Hip Hop à Margem é o título da maior exposição alguma vez feita em Portugal sobre a cultura hip hop. Centra-se especificamente na história do rap, do breaking, do graffiti e do DJing no concelho de Almada e no bairro do Miratejo, já parte do Seixal mas umbilicalmente ligado à cidade do Cristo Rei.

Esta mostra, realizada no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, será inaugurada a 26 de Outubro no Museu de Almada – Casa da Cidade e pode ser visitada até 29 de Março. A exposição reúne peças, fotografias e vídeos que ajudam a contar esta história, construída por muitos ao longo de várias gerações. 

Filhos do Meio – Hip Hop à Margem explica como a génese do hip hop nesta região está intimamente ligada ao movimento espontâneo antirracista que surgiu na viragem dos anos 80 para os 90 como reacção à presença opressora de skinheads neo-nazis, mostrando como o hip hop foi fundamental para atribuir identidade e significado às classes trabalhadoras e racializadas da Margem Sul do Tejo. 

A exposição é também inaugurada no ano em que se assinala o 30.º aniversário dos primeiros discos de rap português, todos eles ligados a Almada Portukkkal é um Erro, de General D; More Than 30 Motherf***s, dos Da Weasel; e a compilação Rapública, todos editados em 1994. 

Do mainstream ao underground, dos anos 90 aos 2010, do Miratejo à Costa da Caparica, passando pelo centro de Almada e pelo Monte da Caparica, a história é contada nesta exposição que também inclui um livro, com informação aprofundada e detalhada, que estará disponível para venda; e um documentário realizado por Luís Almeida e produzido por Alexandra Oliveira Matos que irá estrear em breve.

Com coordenação criativa do director do Rimas e Batidas, Rui Miguel Abreu; e do rapper e produtor almadense TNT, metade dos M.A.C., co-responsável pela editora Mano a Mano e um dos grandes dinamizadores do hip hop local; conta com design de Chikolaev, o responsável visual pela Mano a Mano; e pesquisa e conteúdos a cargo de Ricardo Farinha, redactor principal do Rimas e Batidas.

A inauguração, marcada para 26 de Outubro, inclui actuações de Juana na Rap, Tom Freakin Soyer e Dani G; uma performance de breaking dinamizada pelos bboys Mucha e CeeCee; um DJ set de DJ Fellaz e uma demonstração de graffiti com Chase e Klit. Ao longo dos meses em que a mostra estará patente, haverá outros momentos de programação paralela, com performances, workshops e conversas. O programa completo será divulgado em breve. O Rimas e Batidas é parceiro oficial de comunicação nesta exposição promovida pelo Museu de Almada – Casa da Cidade, da Câmara Municipal de Almada.


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