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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 15/07/2025

Música de vários géneros e geografias para descobrir na ilha de San Simón.

Festival Sinsal Son Estrella Galicia, com cartaz secreto, está de volta entre 25 e 27 de Julho

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 15/07/2025

Vem aí a 23.ª edição do Festival Sinsal Son Estrella Galicia, que volta a ocupar a ilha de San Simón, em plena Ria de Vigo, na região espanhola da Galiza, entre 25 e 27 de Julho. Com um conceito inédito e surpreendente, este festival não revela o cartaz — é secreto e os festivaleiros têm de confiar no bom gosto dos anos anteriores para se entregarem por completo à descoberta, com música de diferentes géneros e geografias que convida à experimentação.

Do jazz à pop, da soul à electrónica, cruzando o rock ou as músicas do mundo, já passaram por ali nomes como os Sons of Kemet, Bombino, Chelsea Wolfe, Alt-J, Liniker, Mdou Moctar, Pongo ou Glockenwise, entre muitos outros. A programação cruza música contemporânea com arqueologia sonora e a (re)descoberta do património cultural galego.

Entre as propostas paralelas da edição deste ano — estas sim, são divulgadas — a Escola SINSAL assume um lugar de destaque com um conjunto de actividades gratuitas que celebram a memória sonora do século XX. Um dos momentos mais especiais será protagonizado pela Orquestra Clássica de Vigo, que revisita o repertório de cafés e bailes da Galiza da primeira metade do século passado. O concerto recria ambientes sonoros históricos e inclui ainda uma evocação do filme galego Canto de Emigración, de 1935.

Outro ponto alto são as “Sesións San Simón”: momentos únicos em que o investigador Aleks Kolkowski gravará temas de dois minutos em cilindros fonográficos, ao vivo, com artistas do cartaz — uma verdadeira viagem no tempo, em que tecnologia obsoleta volta a ganhar vida para surpreender os ouvidos contemporâneos.

O palco Malmequeres também regressa às manhãs da ilha, com DJs e artistas que exploram arquivos analógicos esquecidos dos anos 80 e 90. Nomes como Chus Taboada e Eva Izquierdo, Marco Maril, Isabel Díaz e Pedro Blázquez vão conduzir sessões em que o passado recente é redescoberto e reinventado.

A programação visual também se alarga este ano, com a ampliação da exposição de banda desenhada que traça a história do som e da música gravada na Galiza. A mostra — agora ao ar livre e espalhada por vários pontos — incorpora novas figuras da música galega, como Ana Kiro, Reveriano Soutullo e Mercedes Mariño.

O festival volta ainda a lançar o convite para “Descobrir San Simón”, uma iniciativa que propõe uma série de actividades ligadas à riqueza natural, cultural e histórica do arquipélago. Entre visitas guiadas conduzidas pelo investigador Xosé L. Faílde e por membros da associação marítima Amarturmar, ou o atelier intergeracional Caderno de Bitácora, o objectivo é mergulhar na história da ilha: desde as suas raízes na literatura medieval, passando pelo hospital de leprosos do século XIX, até ao período negro em que funcionou como campo de concentração durante a Guerra Civil Espanhola.


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