pub

Publicado a: 24/09/2016

Festival Iminente: um manifesto artístico gigante em Oeiras

Publicado a: 24/09/2016

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTOS] Bernardo Lima Infante

 

O Jardim Municipal de Oeiras recebeu ontem o primeiro dia do Festival Iminente e confirmou as elevadas expectativas, começando logo pela disposição e aproveitamento do espaço: arte em todos os cantos possíveis, uma plataforma de carrinhos de choque reaproveitada para servir de pista de dança e músicos que são os melhores nas suas vertentes.

À entrada, a seguir à zona de restauração, encontrávamos a galeria da Underdogs com quadros de artistas como Vhils, Wasted Rita ou ±MAISMENOS±, uma espécie de preliminares para uma exposição no exterior com obras incríveis de artistas como Mário Belém ou Vhils, por exemplo. Transpira-se arte em cada canto do festival e isso é, sem sombra de dúvida, um dos pontos fortes deste evento.

 


IMINENTE DIA1 (3 of 17)


Na ponta mais longínqua do certame estava o palco. Antes de nos dirigirmos lá, João Pedro Moreira assumiu a cabine da pista e rodou hits de dança de géneros e anos muito diferentes: Michael Jackson, Skepta, Jay-Z e Kanye West foram “companheiros de palco” nas intercalações entre pista e palco. Se o público começou tímido com o formato da pista – carrinhos de choque -, é também verdade que a partir de certa altura foi impossível entrar no espaço. Ser arrojado em todos os pedaços do festival.

 


IMINENTE DIA1 (6 of 17)


Os Paus foram os primeiros artistas que vimos no Festival Iminente e é bastante claro que a banda tem idiossincrasias que a tornam um dos casos mais sérios da música moderna portuguesa, demonstrando-o ao tocarem as melhores faixas de álbuns como Paus, Clarão e Mitra. Voltando às idiossincrasias, a bateria siamesa, pois claro, mas não só: as letras simples e directas nunca são demais nem de menos e a destreza técnica dos músicos torna mais fácil vaguearem entre géneros com a elegância de gente grande.

 


IMINENTE DIA1 (10 of 17)


A partir daqui, os pontos de interesse para o Rimas e Batidas passaram pela arte do DJing. Batida (DJ Set) foi o primeiro a entrar com um verdadeiro manifesto artístico. Um manequim no lugar de Pedro Coquenão a tentar ridicularizar as novas formas de se ser DJ, popularizadas por expoentes máximos como Steve Aoki, David Guetta ou Avicii, e um bailarino a criar uma encenação que venceu pela força do conceito. A ideia ficou assente na mente das pessoas que se viram obrigadas a “preocupar-se em dançar” em vez de reagirem ao que um DJ faria em palco. Algo diferente para mais tarde recordar.

 


IMINENTE DIA1 (14 of 17)


DJ Glue e DJ Ride foram os responsáveis por fechar a pista e o palco, respectivamente. Dois dos melhores gira-disquistas portugueses mostraram o porquê de serem dos mais requisitados também: perícia na abordagem técnica e selecção impecável de músicas que vão do hip hop à electrónica, passando pelo drum’n’bass. O final perfeito para uma estreia em grande. Espera-nos agora um segundo dia recheado de hip hop. Até lá!

 


IMINENTE DIA1 (13 of 17)

IMINENTE DIA1 (17 of 17)

 

pub

Últimos da categoria: Reportagem

RBTV

Últimos artigos