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Fotografia: Inês Condeço
Publicado a: 20/11/2025

Na apresentação do álbum de estreia.

Femme Falafel no B.Leza: assim vale a pena ir estudar jazz

Fotografia: Inês Condeço
Publicado a: 20/11/2025

O concerto de Femme Falafel no B.Leza foi, como se esperava, um estrondo. Com um álbum inovador acabadinho de sair e que já estávamos todos ansiosos por ouvir há muito tempo — Dói-Dói Proibido.

A banda não poderia ser melhor: A própria Femme Falafel (aka Raquel Pimpão) na voz e no seu maravilhoso Microkorg; LANA GASPARØTTI nos teclados, com o seu clássico Nord Electro e um Korg Wavestate lindíssimo; Margarida Campelo nas segundas vozes e no famoso Korg Minilogue; Beatriz Pessoa nas segundas vozes; Tiago Martins no baixo, com uma pedaleira digna de ser estudada a fundo; Francisco Santos na bateria e no Roland SPD; Manuel Pinheiro na percussão; e um trio de sopros de luxo: Bernardo Tinoco no saxofone, Micael Pereira no trompete e Ricardo Sousa no trombone.

Estava tudo lá. Sound design no seu melhor em todos os sintetizadores e pedais, harmonias densas e meticulosas, groove e letras que quebram barreiras à medida que são cantadas e escritas. A música de Raquel Pimpão veio em grande para dar um empurrão com “E” grande à música dos dias de hoje e para nos ensinar a todos que vale a pena ir estudar jazz.

E, ninguém esperava, tocaram temas novos que são absolutamente groundbreaking. A cada canção nova que Femme Falafel escreve, a fasquia vai subindo e a surpresa e a fome pelo desconhecido vai-nos sendo alimentada sem nos apercebermos. A malta que foi a este concerto e que nunca ouviu jazz, está de repente a ouvir referências a McCoy Tyner e Elvin Jones enquanto Raquel diz as coisas mais profundas da forma mais cómica e profunda imaginável. É música viva, com muita liberdade criativa e um grande sentido de humor.

A admiração por Femme Falafel continua a crescer. E é de estarmos atentos para o que já está cá fora e para o que está para vir, que promete muito.


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