Faixa-a-faixa: PUTOS FIXES NÃO DORMEM de VSP AST explicado pelo próprio

Cerca de um mês após se estrear em disco com PUTOS FIXES NÃO DORMEM, VSP AST é convocado pelo Rimas e Batidas a fazer um faixa-a-faixa. Tal como se apresenta na música, as descrições que deixa para cada tema contêm uma adolescência punk entranhada, universo irreverente (mas também com um apelo pop) que cruza com o trap melódico e noisy que também cresceu a ouvir. Eis uma incursão pelo voo picado desta vespa asiática que promete estar para ficar.

[“UH!AYAYA”]

Para ser como tu não tinha que mudar muita coisa, até porque eu sou tu e tu és eu e nós somos todos vocês, tal como vós sois nós. Faz sentido? Mais vale pensar nisso depois.

[“ORIGAMI”]

Eu sou uma folha em branco, uma tábula rasa. Faz de mim o que quiseres, porque eu sei que é isso que me vai deixar feliz. Ou não. Queriam um Harry Styles, mas acabaram com um Aristóteles… São ilusões que se desmoronam (como uma estátua origami).

[“MUNDO INSANO”]

A aceitação plena da aleatoriedade/absurdo da existência humana permite a linearização dos nossos esquemas internos, possibilitando o usufruto consciente e despreocupado da vida, nas suas várias valências. Ou seja, é encher a cabeça com barulho e ver o que sai daí.

[“PUTOS FIXES NÃO DORMEM”]

⁠O tema que dá nome ao EP. Representa bem a nossa necessidade de permanente vigília. A resistência faz-se acordado. A resistência é fixe. Putos Fixes Não Dormem™️

[“SG GENTIL”]

Querido diário… Lembras-te de ser puto e achares que eras fixe? Se calhar até eras, mas calma contigo. Uma coisa é não querer dormir, outra é não conseguir fazê-lo. Mãe, eu juro que estou a tentar! Entretanto, convido quem estiver a ler a vir a Coimbra beber 3 médias no NL.

[“SOU O GAJO”]

Podem ver que a corrida é insana pela forma como estar no palco me faz suar de sede. Quero suar mais e sempre. A meta é estar na carrinha 24/7 a espalhar esta energia.

[“BICHOS”]

VSP AST, dando uso às suas várias valências, presenteia-nos com um tema introspectivo acerca do mundo fantástico em que habita. Recheado de referências e metáforas ricas em simbolismo, “BICHOS” transporta o ouvinte para o mundo interno do artista, onde impera uma espécie de psicadelismo sóbrio. As melodias e flows mirabolantes, aliados ao estonteante liricismo e justas homenagens a figuras do imaginário coletivo, resultam numa obra diferenciada desta jovem promessa nacional.

(desculpem malta, esta resposta foi escrita pelo meu assessor de imprensa e não está tão punk como as outras)