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DarkSunn, MAF, Maria, SlimCutz e Vasco Completo formam a Monster Jinx Type Beat, banda que ergue bem alto a bandeira com os valores da crew num projecto composto por oito faixas — e que já está disponível nos serviços de streaming.
Este trabalho é a resposta do Monstro Roxo ao desafio do COLETIVO, projecto do Musicbox apoiado pelo Fundo de Emergência Social – Cultura da Câmara Municipal de Lisboa.
Na palete sónica da Monster Jinx não há paragens, só andamento, por isso não esperem encontrar um conjunto uniforme de instrumentais — mais vale prepararem-se para serem surpreendidos a cada mudança de direcção.
Querem saber mais sobre estes type beats? Fiquem com a explicação, faixa-a-faixa, do grupo.
[“And”]
“Foi das últimas faixas a ser incluída em Monster Jinx Type Beat, mas foi o melhor ponto de partida para o álbum. Chorar nos filmes nem é só no fim, nem é só de tristeza. O sample desconstruído, a servir uma estrutura tripartida, que é dinâmica e transcendente, dá o tom para como se deu a composição ao longo deste type beat: um casamento entre sampling, instrumentação acústica, electrónica e…”
[“In The Spin”]
“Para algo totalmente diferente, ‘In The Spin’ é desnorteante e hipnótica. É principalmente criada para servir de banda sonora para o nosso commute. Uma volta dada ao relógio, um rodopio rotineiro que inclui 9–to–5s, digging, jams, a procura pelo melhor drum break. Há alguma coisa de mais desnorteante do que 24 horas à volta de música? A maldição de que sofre qualquer jinxie…”
[“IDK”]
“É a primeira faixa a ser criada no projecto, diferencia-se também por ter sido a única que foi trabalhada por todos presencialmente. A sua rápida conclusão talvez diga algo sobre o seu resultado. Não há pôr-do-sol que abrace tão bem a incerteza como o de ‘IDK’. Da electrónica mais distorcida ao calor das baterias, é o tema mais explosivo e que conjuga com maior evidência o híbrido do nosso Type Beat.”
[“Other’s Gold”]
“Uma chapada de subjectividade jinxiana. Todos sabemos que o lixo de um é o ouro do próximo, e está na impressão digital da crew criar o que gostamos, sem medos. O que é fixe para nós, pode não ser para outros, mas é Monster Jinx. Se foi intencional explorar isso num beat poderoso em desavença com samples e guitarras? Deixamos ao vosso critério.”
[“Faulty Device”]
“Parece que há alguma coisa que está fora, ou a mais? Não sei se pertenço mesmo aqui, ou se calhar estou só a ‘tripar’. Estão a ver o meme da festa, do rapaz a dizer ‘they don’t even know that…’? A sensação é essa. Dá para flutuar entre aqueles synths e aquele beat. Ou será que o scratch é um portal para outra dimensão?”
[“Body Closer”]
“Uma pré/after–party. Electrónica pura – nada é puro em Monster Jinx Type Beat, tudo se mistura e entrelaça – para a matar a saudade das Purple Hazins ou das Jinx Fests, nas quais estamos habituados a ouvir música bem alta no PA, com os corpos perto uns dos outros, o suor nos abraços a meio do DJ set. O Burial tinha músicas para viagens de autocarro de volta a casa pós-rave. Nós temos ‘Body Closer’ para curar do saudosismo da vida nocturno.”
[“Baby Shower”]
“Um recomeço. Do casulo do confinamento até ao nascer das asas no Maus Hábitos ou no Musicbox. ‘Baby Shower’ é uma celebração íntima do novo começo da Monster Jinx, e a melodia optimista não podia acenar doutra forma ao futuro risonho que esperamos todos ter. Não se preocupem, estão convidados. A festa tem sintetizadores, beats eternos e guitarras mergulhadas em reverb. Vistam-se adequadamente.”
[“Anti-Fascism Fraternity”]
“Ler outra vez o título. É importante fazer um back to basics, relembrar os nossos valores morais num ambiente sensacionalista e polarizado, cada vez mais fracturante. Para além de reflectir, contemplar pode ajudar no meio desse processo, para que não surjam ecos indesejados.”
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