“Pinewood St.” é o novo single de Extrazen. Kidonov ajudou na produção, mistura e masterização do tema e o videoclipe ficou ao cargo de Rui dos Anjos e Hal Simari.
Chegou de mansinho no final da semana passada e é já parte da nossa banda sonora neste arranque de Primavera. “Pinewood St.” quebra o silêncio de mais de um ano que se passou desde “With You”, lançado pouco antes da notícia que confirmava a crise pandémica que veio mudar as nossas rotinas e colocar em stand–by alguns dos nossos sonhos.
Para o artista da One House Only, o momento foi de reflexão e de auto-descoberta. Começou a produzir, função que abraça sem receios nesta nova canção, e delineou os traços de um EP de estreia, que planeia editar ainda na primeira metade de 2021, segundo revelou ao ReB. “Pinewood St.” é o primeiro avanço desse projecto e sucede a “Jack n’ Rose“, “Vegas” ou “Miss Me“, algumas das faixas com que se mostrou ao mundo nos últimos anos.
Começa por te apresentar: quem é o Extrazen e como surgiu este projecto musical?
O Extrazen sou eu, Francisco Andrade, e surgiu por volta de 2015, quando tinha 15 anos. Já escrevia letras regularmente e achei que devia arriscar e lançar para o público. Gravei os vocals (em português ainda) por cima de um beat dos Ours Samplus num iPad dentro de um armário, fiz um lyric video no Movie Maker e lancei. Foi tudo muito repentino mas adorei o processo, então fui repetindo. Em 2018, após uns tempos parado, voltei com a minha primeira faixa em inglês e desde aí que decidi manter-me no idioma — apesar de não descartar de todo o português ou outras línguas, eventualmente.
Já tinhas deixado boas impressões com os teus primeiros temas. Depois do “With You”, o teu primeiro videoclipe, deu-se tudo isto da pandemia e, por arrasto ou não, ficámos mais de um ano sem novidades tuas. O que se passou em torno do universo criativo do Extrazen durante este tempo?
Sinto que acabou por ser principalmente um ano de muito crescimento, de aprender e explorar coisas novas. Tinha 2020 como um ano de lançamento onde poderia dar concertos, lançar faixas regularmente e expor-me o máximo possível, o que acabou por não acontecer, mas lidei bem com isso. Aproveitei para começar a produzir e para absorver todo o tipo de conhecimento que conseguisse. Acho que este tempo fez com que a minha música amadurecesse muito e, apesar de ter passado por momentos de indecisão de lançar faixas, sinto que estou muito mais certo do que quero e muito mais feliz enquanto o faço. Acho que tudo isto faz parte do processo e do crescimento enquanto artista.
Agora com o “Pinewood St.” dás-nos a banda sonora para aquele passeio de bicicleta que tanto precisamos nestes primeiros sinais de calor primaveril. Como é que formulaste este conceito, desde as primeiras ideias e rascunhos até ao vídeo e ao áudio final?
A ideia da música surgiu em Julho do ano passado, durante a quarentena. Na realidade foi das primeiras vezes que decidi tentar produzir uma faixa do início ao fim. Gravei a guitarra e a primeira parte do verso e, devido a essa tal indecisão que referi anteriormente, guardei a ideia sem a finalizar durante cerca de seis meses, até Janeiro deste ano. Foi aí que o Kidonov e o Gonçalo Afonso me convenceram e incentivaram a acabar a faixa de vez e a lançá-la. Depois de regravar alguns takes, finalizar a estrutura final e acabar de escrever a letra, mandei ao Kidonov para ele completar a produção, mix e master. Para o vídeo, tanto eu como o Rui dos Anjos e o Hal Simari queríamos algo simples e bonito pelo que uma bike ride acabou por encaixar perfeitamente com tudo o que a música transmite. Tudo fez sentido e acho que é isso que torna todo o projeto tão especial e honesto. É sem dúvida a minha faixa mais pessoal.
Apresentaste o tema como sendo o primeiro single de um EP de estreia que sairá ainda este ano. O que é que nos podes adiantar sobre esse trabalho?
Estou a tentar finalizá-lo para lançar nesta primeira metade do ano. Tenho imenso orgulho em todas as faixas e ideias que concebi para o mesmo porque, como disse, todo este ano foi um processo para conseguir chegar a este ponto. Tenho trabalhado com alguns dos meus amigos e artistas favoritos tais como o Kidonov e Lucy Val que me têm ajudado e guiado em várias etapas do projeto. Acho que são, sem dúvida, as melhores músicas que já fiz e as que me dizem mais principalmente. É um projecto muito especial para mim e mal posso ver o dia em que o ponho cá fora para todos ouvirem.