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Publicado a: 25/05/2016

Biru agora é EVMS e oferece novo álbum por “duas pratas”

Publicado a: 25/05/2016

[ARTWORK] Fidel Évora

O nome EVMS pode não acusar nos radares da maior parte das pessoas, mas esconde um personagem que é veterano na cena nacional de colar palavras signifcantes em cima de batidas menos convencionais, que já nos ofereceu dicas e livros negros e que é poeta do circuito slam de méritos reconhecidos. É com o nome EVMS que Biru, também conhecido como Alexandre Francisco Diaphra, escolhe lançar novo álbum, homónimo, através do Rimas e Batidas: “É um trabalho que é de todos. Quero que as pessoas se sintam donas desse trabalho, tanto quanto eu”, explica não revelando no entanto o significado da sigla EVMS, mas oferecendo a garantia de que “os mais atentos conseguirão entender.”

Este mais recente lançamento da Kandonga segue uma linha de pensamento muito própria. Fala-nos de vida e de morte, de sanidade e loucura. Rimadas numa sequência lógica que forma uma história da primeira à última faixa. Biru cataloga este álbum com termos tão distintos como “banda sonora cinematográfica” ou “blues psicadélico”. EVMS é um trabalho que nasce, essencialmente, das raízes da música negra a que se aplica o tratamento de samplagem de que o hip hop tanto gosta. As rimas são afiadas e vêm servidas com uma atitude muito punk, meio rap meio spoken word. Sempre com as emoções à flor da pele que culminam na entrega vocal com que Biru pinta estas telas instrumentais.

“Podemos assumir que este álbum é uma continuação do Blackbook. Tem o Blackbook como base e muitos dos temas de EVMS são faixas do Blackbook feitas com outra abordagem.” EVMS irá ser a peça que faz a ligação entre o primeiro e o segundo volume do Blackbook, que Biru também adiantou ao Rimas e Batidas ser um projecto que irá ter continuação.

“Neste projecto tive muitos convidados. O processo era convidar alguns músicos a vir ao meu estúdio para conseguirem tocar a melodia que eu tinha em mente. Depois é pegar nessa gravação e sampla-la. Samplei originais.” Biru esclarece assim o processo de desenvolvimento de todos estes temas, um processo que acabou por marcar o álbum com uma orgânica sonora que se faz notar no desenrolar do disco. EVMS fica, por isso, marcado por vários intervenientes que ajudaram Biru a criar toda esta orquestração que gira em torno do planeta hip hop: Nilson Dourado, Sérgio Costa, Francisco Gaspar, Xamãs da Brandoa, Jo, António Dias, António Duarte, Susana Travassos, Chikano e Beat Laden.

EVMS tem o custo simbólico de “duas pratas”, sendo possível doar quantias superiores que irão, certamente, ajudar como crowdfunding a tornar possíveis os próximos trabalhos desenvolvidos por Biru. Para já vão ser lançados dois singles – um por semana – até o álbum chegar ao Bandcamp na íntegra, sendo possível fazer já a compra da edição digital completa.

 


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