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Publicado a: 13/11/2017

[Estreia] “M’s Song” de Hai com tratamento audiovisual

Publicado a: 13/11/2017

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTOS] António Castro

Em Fevereiro deste ano, Hai estreou-se pela editora 1980 com Going Somewhere , excelente EP que colocou o seu nome no radar colectivo (e na compilação Novos Talentos Fnac 2017). Nove meses depois, o produtor e multi-instrumentista lança, em estreia absoluta no Rimas e Batidas, o vídeo realizado por César Ramos para “M’s Song“, tema que, segundo o próprio, “dá mais espaço aos músicos para serem eles próprios e tornarem a música algo maior do que era inicialmente.”

Ladeado por Luís Neto (bateria),  Marco Duarte (percussão/ vibrafone), Miguel Tenreiro (baixo), José Soares (saxofone) e João Mortágua (saxofone), o talentoso artista transforma a canção no palco do Passos Manuel, mítico local de concertos no Porto. A linguagem moderna da versão de estúdio dá lugar um dialecto mais clássico de jazz, transição que lhe não retira nenhuma das suas óbvias qualidades.

 



Passaram cerca de nove meses desde o lançamento de Going Somewhere. Como é que foi a recepção ao EP?

Foi bastante positiva. Felizmente existiu uma aceitação grande por parte das rádios nacionais e internacionais que facilitou a divulgação do EP. Para além disso, as apresentações no Porto (Passos Manuel) e em Lisboa (Lounge) também correram muito bem.

Entraste na compilação Novos Talentos Fnac 2017. Como é que surgiu o convite? Estavas à espera?

O convite surgiu por parte do Henrique Amaro. Uns dias depois da editora (1980) lhe enviar o EP, ele convidou-me para incluir a faixa “The Will Come, Is Now” na compilação, algo que aceitei de imediato. Nunca pensei que tal pudesse acontecer, mas estou muito agradecido pela oportunidade.

Estreias-te em vídeo com live band. Porquê é que escolheste este formato? Também é uma maneira de provar que este projecto faz sentido com esta formação?

Enquanto estava a compor o EP, a possibilidade de vir a apresentar o disco em formato live band esteve sempre presente. Quando foi discutida a hipótese de gravar um vídeo, não o imaginei de outra forma. Dito isto, o maior desafio foram os arranjos. Transformar músicas em que não existe um limite definido de intervenientes para algo que 6 pessoas vão ter que interpretar foi um desafio e que não podia ter sido resolvido sem a ajuda do Luís Neto.

 


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A “M’s Song” foi a música escolhida para ter acompanhamento visual. Quais é que foram as razões para essa escolha?

A “M’s Song”, de entre todas as músicas que fazem parte do EP, é provavelmente a que dá mais espaço aos músicos para serem eles próprios e tornarem a música algo maior do que era inicialmente. Sem o input do Luís Neto (bateria), Marco Duarte (percussão/ vibrafone), Miguel Tenreiro (baixo), José Soares e João Mortágua (saxofones convidados) o resultado final teria sido diferente.

Na conversa que tiveste connosco em Janeiro, dizias que gostavas de levar os músicos que entram no EP para actuações ao vivo, mas que seria complicado. O que é que falta para isso acontecer? Achas que Portugal não tem espaços para tocares a tua música?

A maioria dos músicos que me acompanham estudam ou têm outros projectos entre mãos e arranjar tempo para ensaiar uma banda de 6 elementos não é fácil. Felizmente, depois de termos conseguido ensaiar para a gravação do vídeo, percebemos que é possível. Estamos a preparar as apresentações ao vivo que estão a ser marcadas para Janeiro ou Fevereiro.

Quanto aos espaços: não acho de todo que isso seja verdade. Existem alguns espaços, maioritariamente no Porto e em Lisboa, capazes de receber um projecto como este.

O que é que o futuro reserva para o Hai? Teremos um novo projecto em 2018?

Num futuro próximo, quero apresentar o disco ao vivo. Em 2018, tenho programado lançar um EP em nome próprio.

 


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