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Publicado a: 13/02/2017

[Estreia] Ângela Polícia no intimo do seu “Quarto pt.1”

Publicado a: 13/02/2017

[FOTO] Direitos Reservados

A Crate Records acaba de disponibilizar um novo vídeo no seu canal de YouTube. Ângela Polícia é o rapper e produtor de serviço e prepara-se para editar o primeiro trabalho de 2017 com o selo da editora fundada por Razat.

“Quarto pt. 1” é um momento de intimidade de um criador fechado no seu espaço, emaranhado em pensamentos quase paranóicos que se dispersam à medida que o fumo do seu charro vai preenchendo as lacunas existentes naquela divisão da casa. Um single que tem tanto de bass music quanto de punk ou indie rock, que contracena com a viagem melódica presente no refrão embalada por arpegios de guitarra eléctrica.

“A vida está cheia de contrastes”, explica o músico ao Rimas e Batidas sobre as diferentes paisagens sónicas que pinta no seu tema. Concluindo que: “Isso também se reflecte neste som e um pouco pelo resto do álbum. Existem temáticas pesadas que não requerem sempre uma atitude agressiva ou áspera. Aliás, as pessoas tendem a prestar mais atenção quando lhes é segredado algo, principalmente se for mau.”

Tal como as forças da lei, Ângela Polícia também se move por uma “ambição – ainda não encontrada – de tornar o mundo melhor”. Algo que fica vincado na parte final do tema, com a preocupação pelo estado em que se encontra a sociedade a ganhar vida através das palavras que o artista profere.

Apesar de se estrear enquanto rapper e produtor em Ângela Polícia, a sua voz já milita no panorama musical nacional há vários anos na banda bracarense Bed Legs. Nesta sua vida alternativa mais chegada ao hip hop já se tem apresentado ao vivo por diversas ocasiões, tendo feito, mais recentemente, a abertura do concerto dos Conjunto Corona no espaço Maus Hábitos.

O seu repertório será compilado em formato de álbum no início do próximo mês pela Crate, em formato digital e físico (CD). Sobre este seu trabalho, o músico oferece alguns classificativos: “cru, mestiço, agressivo, controverso e contrastante.” E aproveita para nos desvendar mais alguns pormenores desta sua estreia a solo: “Chama-se Pruridades (prurido + prioridades) porque há muito que queria lançar um disco mas as batidas e as letras estavam sempre pendentes da minha preguiça ou falta de prioridades até que começaram a criar pruridos na minha cabeça e consequentemente tive de curar este problema concretizando-o. Neste trabalho misturo vários estilos musicais porque sou mesmo assim, misturado. Nunca fui fundamentalista do hip hop, metal, drum & bass, punk ou outros estilos dos quais gosto imenso. Sempre “parei” com grupos de amigos diferentes, com gostos e rituais diferentes. Aprendi a gostar de estilos e artistas que abominava.”

 


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