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Publicado a: 02/11/2018

Entre Madlib e Quincy Jones: Abstract Orchestra recria Madvillainy

Publicado a: 02/11/2018

[TEXTO] Vasco Completo [FOTO] Direitos Reservados

O álbum Madvillainy dos Madvillain, duo composto por Madlib e MF DOOM, foi revisitado pela Abstract Orchestra. Liderado pelo saxofonista Rob Mitchell, o colectivo britânico, que já tinha recriado canções de J Dilla, procurou o espaço sónico que existe entre Otis Jackson Jr. e Quincy Jones em Madvillain Vol. 1.

Se a voz é protagonista no original – sem esquecer, obviamente, o trabalho de Madlib –, o instrumento solista vai mudando de forma ao longo da versão da Abstract Orchestra: temos solos de trompetes, saxofones, trombones e de teclados como o Fender Rhodes.

 



A produção singular do artista norte-americano – que recorre apenas a um gira-discos, um sampler Boss SP 303 e um pequeno gravador de cassetes — sofre alterações na nova execução: os instrumentos são transpostos para o formato típico de big band da Abstract Orchestra e os loops e o samples dão lugar às variações de dinâmica e à liberdade de improvisação num registo em que a banda assume ter poucos overdubs.

Os músicos que fazem parte do grupo não são desconhecidos: já trabalharam e tocaram com nomes sonantes como Jamiroquai, Mark Ronson, John Legend, The Roots, Roots Manuva ou a malograda Amy Winehouse.

O lançamento de Madvillain Vol.1, separado por 14 anos e alguns meses do original, é mais uma forma de demonstrar a relevância que Madvillainy ainda tem no panorama musical. Considerando a importância do rap nos dias de hoje, esta adaptação torna-se ainda mais adequada. O disco nunca teve sucessor, apenas uma versão com remisturas de Four Tet.

 


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