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[TEXTO] Luís Afonso [FOTO] Direitos Reservados
Sam Shepperd, mentor do projecto, Floating Points, que agora estreia o seu primeiro longo, Elaenia, cresceu em Manchester, onde fez parte do coro Manchester Cathedral Boys Choir durante anos, onde aprendeu a ler música e a tocar piano. Mais tarde, muda-se para a azáfama cultural e helénica que é a noite de Londres, começando por fazer vários DJ sets, destacando-se como residente no reputado Plastic People.
A base para a gravação de Shepperd é o improviso, a carga melancólica abismal é trazida por uma parede amovível de teclados e synths, o som é mais lento e funky que o habitual. O que, em 2009, quando surge, tornava complicado qualificá-lo entre os meandros dubstep e qualquer coisa com vertente bass. A dimensão instrumentalista é enorme e existiu uma forte aposta em elementos vocais reais, como no EP Post Suite / Almost in Profile, com a participação de Fatima Bramme Sey, considerada a primeira aparição oficial de Floating Points e na qual a conotação house foi evidente. O seu primeiro longa-duração, Elaenia, deixa de parte o elemento vocal explorado anteriormente, utilizando-o como um espectro que acompanha invariáveis crescendos e insere imagens ao restante manto de som.
O álbum, que já está disponível em stream via NPR (National Public Radio), tem edição oficial marcada para 6 de Novembro pela Pluto no Reino Unido, e através da Luaka Bop nos Estados Unidos. Conta com variados instrumentistas na sua composição, como Tom Skinner and Leo Taylor nas percussões, Rahel Debebe-Dessalegne e Layla Rutherford nos complementos vocais, Susumu Mukai no baixo, Alex Reeve na guitarra, Qian Wu e Edward Benton no violino, Matthew Kettle na guitarra acústica e, por fim, Joe Zeitlin no violencelo. Um contundente mote, fiquem com ele para audição.
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