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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 31/08/2022

De Setembro a Dezembro.

Doug Hammond, Lantana, Evan Parker e um Curso de História da Música Experimental até ao final do ano no Teatro do Bairro Alto

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 31/08/2022

Começa a contagem decrescente para o final de 2022 e o Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, ainda tem muitos cartuchos para gastar. No que diz respeito à secção de música, a estreia desta temporada acontece no dia 16 de Setembro com Griot, espectáculo de Doug Hammond, músico que se apresentará sozinho e “armado” com bateria, voz e kalimba.

Tocou com artistas como Donald Byrd, Dorothy Ashby, Chet Baker, Smokey Robinson, Sonny Rollins,, Kenny Dorham, Etta James, Nina Simone, Lonnie Liston Smith (em Cosmic Funk, 1974) ou Joe Henderson, viu as suas composições serem usadas por Charles Mingus (em Mingus Moves, 1973), Steve Coleman, Jazzanova, Carl Craig ou Archie Shepp e lançou uma “obra-prima”, palavra escolhida pela Rappcats para descrever Reflections in the Sea of Nurnen (1975), através da Tribe Records. Com um longo percurso (fará 80 anos em Dezembro), Hammond foi (e é) muita coisa: compositor, poeta, escritor, vocalista e professor.

Em Outubro, a expressão musical terá diversas maneiras de se fazer sentir: em Madmud, no sétimo dia do mês, Tânia Carvalho (voz e piano) levará-nos-á até à sua “esfera musical e poética”, distorcendo e desformando “as canções numa fluidez cativante, onde ondas de melancolia e tumultos tenebrosos pairam no ar”. Se procuram comparações, Nina Hagen, Diamanda Galás, Yma Sumac ou Meredith Monk são as apresentadas no site do TBA.

Em quatro sessões nos dias 1, 8, 15 e 22 de Outubro, Rui Eduardo Paes, que tem escrito com regularidade para o Rimas e Batidas, “visita e problematiza uma série diversa de casos de dissidência para com os padrões instituídos e de criação do que é diferente e esteticamente inconformado, sempre com exemplos concretos em áudio ou vídeo”. Um Curso de História da Música Experimental para responder à questão: “O que tem a música dita experimental, ou exploratória, de distinto relativamente a certas incursões no domínio da música contemporânea?”

A 5 de Novembro, uma sessão dupla na sala lisboeta: o grupo Lantana apresentar-se-á com o seu álbum de estreia, Elemental, enquanto ponto-de-partida e o saxofonista Evan Parker explorará os limites da liberdade no jazz com uma apresentação a solo.

Por último, em Dezembro, há a performance e instalação CasaFloresta, um projecto de “pesquisa, reflexão e criação artística em torno da floresta e a partir da Casa da Guarda Florestal dos Covões (em Vide, Seia) desativada desde a década de 1970”. Joana Sá, Luís José Martins e Lucas Tavares são parte da comunidade de músicos, biólogos, filósofos, antropólogos, historiadores e activistas que procuraram “criar novas e (im)possíveis ideias de floresta e de relações com ela, procurando agora, nos centros urbanos, desconstruir a ideia de que a floresta é apenas uma exterioridade a eles”.

A programação completa para os próximos meses pode ser consultada aqui.


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