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Publicado a: 27/06/2016

Dope Saint Jude é a nova cara do rap sul-africano

Publicado a: 27/06/2016

[FOTO] Direitos Reservados

 

Dope Saint Jude é a nova promessa do rap feminino e um nome que provavelmente vai começar a soar mais familiar a partir de hoje. A MC de 26 anos dos subúrbios da Cidade do Cabo, na África do Sul, estreia-se hoje com o primeiro EP, Reimagine.

A rapper, que começou a dar que falar no circuito com “Keep In Touch”, com a participação de Angel-Ho, gravou consequentemente quatro faixas nos estúdios da Red Bull na Cidade do Cabo, com a premissa de poder estar a “iniciar o que poderia ser um novo movimento na cena hip-hop e música bass local” e que poderia fazer parte de um “movimento global”.

Saint Jude foi depois escolhida pela própria M.I.A. para entrar no vídeo que a artista fez para a marca de roupa H&M no âmbito da Semana Mundial da Reciclagem, em Abril. Antes de todos estes momentos do seu percurso, Saint Jude estava falida e lutava pela sobrevivência, ao conjugar o rap com o trabalho de empregada de mesa. O concerto que fez com M.I.A. permitiu que se tornasse uma artista a tempo inteiro, ao financiar a produção do EP que foi ontem editado, incluindo o pagamento de uma sessão fotográfica e de um computador portátil.

 



A artista fez os seus próprios instrumentais em casa, que foram depois trabalhados com a engenheira de som Kay Faith. Em termos sonoros, a sul-africana queria que o EP de estreia tivesse uma aura hip-hop e orquestral. “O meu estilo de produção é influenciado pelo Fantasma da Ópera“, diz a rapper em entrevista à Okayafrica. “Quando era pequena, o meu pai ouvia muita música clássica. Eu venho de uma família católica, daí o Saint no meu nome. Os hinos latinos tiveram um grande impacto na minha vida. Há muitos sons clássicos neste projecto”.

“[Com a última faixa, “Outro”] quis transmitir que sou uma rapariga dos subúrbios da Cidade do Cabo, mas agora vou para a América e França”, diz a rapper sobre a tour que vai fazer em Julho de que tanto se orgulha. As suas grandes referências no meio são Kanye West, Nicki Minaj, Bjork e o músico sul-africano Petite Noir.

O que mais admira em Petite Noir, diz a artista, é o facto de o seu compatriota prestar atenção a todos os detalhes, do artwork dos discos até à maneira como se apresenta em palco. Saint Jude também se revê nesta maneira de pensar e de desenvolver a sua arte, como um todo.

“A razão pela qual os meus concertos têm uma produção tão grande é por causa da cultura travesti que existe na Cidade do Cabo”, revela. “Eu cresci perto de travestis, que se esforçam muito para cuidar da maneira como se vestem e as danças… – é uma produção, é cativante. Eu quero que tudo, desde a música à performance, os outfits e os efeitos visuais a passarem atrás… que caminhem todos para um objectivo comum”. A rapper actua com um DJ e dois dançarinos e está encarregue de toda a produção visual em palco. O novo EP, com as participações de Andi Mkosi e Janeli, está no ponto para ser ouvido.

 


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