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No início desta semana, a brasileira Nerie Bento disponibilizou no YouTube o documentário O Protagonismo das Minas: A Importância das Mulheres no rap SP. Apontado como o primeiro trabalho a relatar a história do hip hop sob a perspectiva feminina na cidade que é considerada o berço do género no Brasil, a peça audiovisual surge com o apoio da Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop, organização à qual pertence a assessora de imprensa e realizadora.
Em declarações ao site Bocada Forte, Bento explicou as suas motivações: “A ideia realmente é que ele se torne um registro histórico, para quem hoje jogar na internet ‘início do rap feminino no Brasil’ consiga ter acesso a esse material. O documentário ainda não diz tudo, porque o inicio do rap feminino no Brasil é muito maior do que está registrado no filme. Mas pelo menos é um norte. Eu acho que consegui reunir as primeiras minas dos principais pontos do Rap.”
As rappers Sharylaine MC, Rose MC, Rubia RPW, Lunna Rabetti, Odisséia das Flores, Danna Lisboa e Mila Felix são entrevistadas pela realizadora, num trabalho que pretende ir mais fundo na comunicação da diversidade do hip hop paulistano. “Eu mostro a primeira mulher trans no Hip Hop. A gente precisa também falar disso, que o Rap não se iniciou só com mulheres cis. Nós já tínhamos Danna Lisboa lá, nós já tínhamos Jup do Bairro lá, então eu acho que é esse círculo: entender que o Rap não é só a figura da MC e, no caso do Rap feminino, não é só a figura da mulher cis que canta”, contou ao site brasileiro.
Em Portugal, a investigadora Soraia Simões de Andrade abordou a questão da invisibilidade feminina na história do hip hop nacional no livro Fixar o (In)visível – Os primeiros passos do rap em Portugal (1986-1998), com foco nos grupos Divine e Djamal.
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